segunda-feira, 25 de maio de 2009

Fogão não resiste no Sul

Olá amigos alvinegros,

O Fogão está a 4 pontos da Libertadores e a 7 pontos do líder. Estaria muito satisfeito se estivéssemos na reta final do brasileirão, faltando uns 5 ou 7 jogos. Mas é só o início, três jogos, e Fogão na zona de rebaixamento. Números, simplesmente números, mas que já refletem nossa realidade. Sem essa de ser profeta do apocalipse agora, é cedo demais e o time vai se encontrar, mas o sinal amarelo está aceso desde a estreia.

Ontem o máximo que conseguiríamos era conter um pouco mais o Grêmio. Falta poder de decisão ao ataque. O meio de campo não cria e a defesa hesita. O que mais pode faltar?!?

Listo alguns comentários preocupantes acerca do nosso Fogão:

· Ney Franco disse que o time jogou bem, os atletas se entregaram, o time buscou a vitória e se mostrou disciplinado. Ele afirmou ainda que utilizou todos os recursos de que possuía, como abrir o time para encostar no ataque. Ora, se isso é jogar bem e se nossos recursos são somente aqueles..., socorro! Segundona à vista!

· Eduardo, ontem, foi zagueiro, ala esquerda e meia de ligação. Aliás, ele deve ter sido mais alguma coisa. Ora, a partir do momento em que o indisciplinado e renegado boêmio jogador passa a exercer tantas funções e o time não rende, é sinal de que tem muita coisa errada no Fogão. Eduardo só falta ser testado no gol e de centroavante. Reconheço que ele até melhorou bastante, mas daí a depender de seus lampejos é dose;

· Ney Franco tumultua a organização tática do Bota. Em nenhum momento neste ano iniciamos e terminamos um jogo com a mesma formação tática. Ou falta obediência ao esquema ou este simplesmente nunca foi assimilado pelo grupo. 3-5-2 só funciona quando se possui bons zagueiros e bons alas, além de um cérebro no meio de campo. Temos acéfalos no meio de campo e zagueiros fracos, incluindo aí o irmão do Renato Silva (Wellington), o artilheiro dos gols contra (Emerson) e o lento Juninho, que perde na corrida até para o peso-pesado Ronaldo. Por que Ney não simplifica? Pelo amor de Deus, ontem ele terminou com quatro atacantes e o Bota não era ofensivo. Lógico, quem municiava o ataque? Victor Simões?!? Tá de brincadeira né...

· 4-4-2. Simples assim, mas é o esquema ideal para nossas limitações. Renan, Alessandro, Juninho, Teco e Gabriel (Thiaguinho ou Eduardo); Guerreiro, Léo Silva, Lúcio Flávio e Eduardo (ou Thiaguinho ou Rodrigo Dantas); Reinaldo e Victor Simões. Não é jogando no 4-4-2 que o Bota sempre rende mais? Porque esperar o caldo entornar primeiro se eu posso temperar melhor desde o início?!?

Acredito no profissionalismo e no empenho dos atletas e diretoria em tirar o Fogão dessa. E temos de apoiar no sábado, pois vencer o Sport agora é a nossa luz num túnel que se amplia a cada rodada.

Lúcio Flávio deve retornar nesta semana. Reinaldo volta de contusão e talvez Teco já seja acionado. Melhora bastante, mas ainda continuaremos bem limitados, sorte é que não estamos sozinhos nessas limitações. Temos ao menos umas 10 equipes do nosso nível, e as outras não são tão melhores assim. Então minha esperança jamais reduzirá, ora, sou alvinegro e nunca desistirei!

O JOGO

Esperava um jogo truncado e de poucos recursos técnicos, sobretudo do meu time. Túlio Souza e Rodrigo Dantas no meio era tragédia anunciada. O primeiro porque já o conhecemos bem e o segundo porque foi lançado agora das categorias de base e tem o peso de substituir Maicosuel, craque do campeonato carioca. Se o garoto é de fato bom de bola como dizem, mais um motivo Ney tinha para lapidar a promessa. O garoto tá chamuscado e se insistir agora queima de vez, e será mais um ex-futuro craque que não vinga da base do Fogão.

Sem criatividade no meio, com Alessandro sem ritmo (em forma já é dose) e com um ataque cardíaco, gol alvinegro só se fosse contra. À exceção de uma falta cobrada por Juninho, o goleiro Victor sairia para o intervalo sem tocar na bola. O Grêmio, por sua vez, também não mete tanto medo, pois lá estão Rafael Marques, Rui e Túlio. Mas é um time mais aguerrido e com mais qualidade. Era só encaixar uma jogada e um gol já selaria a vitória mesmo se fosse no início do jogo. Essa era a leitura de qualquer alvinegro que colocasse a razão em detrimento da paixão.

Gabriel irritava pela incapacidade de chegar ao fundo e pela marcação frouxa; Alessandro irritava pela lentidão e displicência nos passes; Fahel porque é horrível mesmo e acha um espaço no campo em que fica invisível; Túlio Souza porque é limitadíssimo e acha que joga bola; Rodrigo Dantas enxergava a bola como se fosse brasa; Victor Simões até se deslocava, mas ele é a maior vítima desse ataque que não recebe bola redonda; Tony até se movimenta bastante, mas ainda procura algo chamado objetividade, não acerta nada;

Sei que, com esse elenco, não é fácil para o treinador achar o tom. Como frisei na primeira crônica do brasileirão, até quando Maicosuel e Reinaldo mascarariam nossas limitações?!? Parece que as dúvidas forma respondidas com três jogos apenas. Maicosuel ligava o meio ao ataque com rapidez, habilidade e ainda se apresentava. Reinaldo, mesmo sem ser imprescindível, era o complemento perfeito de um trio que encantou. Mas o cara foi embora. Sim, Maicosuel era meio time sim. Foi negociado a preço de banana. Lá na Europa, 4,5 milhões de euros é preço de cabeça-de-bagre, mas a diretoria não tem culpa, ou contratamos assim ou aturamos Túlio Souza e Lucas Silva e por aí vai.

Ney se perde em meio a tanta mediocridade. Ontem pôs em campo no tempo final quatro atacantes, dentre eles Jean Coral e Diego. Recuou Vitor Simões para organizar e avançou Eduardo. Não é fácil treinar o Bota hoje, mas se meu time tem tantas limitações, então vamos simplificar Ney: 4-4-2 já;

Nossa única jogada de perigo era cobrança de falta por Juninho. E pasmem, jogo 0x0, falta perigosa, Juninho já havia carimbado a trave de Victor eis que de repente Túlio Souza se apresenta, ainda pensei que ele fosse rolar para o Juninho, mas não, ele parte e pimba, um peteleco que sai perto da bandeira de corner. Até os locutores da Globo se irritaram com ele. E eu quase quebrei a TV. Proferi todos os nomes feios possíveis para Túlio Souza, aquele que fez seu único gol com a gloriosa camisa alvinegra e mandou uma banana para a torcida. Fora Túlio Souza já!!!

Guerreiro entregou o ouro ontem ao rebater a bola nos pés de Jonas. A abertura do placar pelos gaúchos nos dava a certeza de que fora selada nossa derrota, tendo em vista a incapacidade ofensiva do Bota. E não deu outra. Ainda levamos o 2º numa jogada que parecia treino coletivo, aliás, para o Grêmio era, pois eles jogam as semifinais da Libertadores na próxima quarta-feira. Triste mesmo é que para nós o jogo era de vida ou morte. E até agora não sabemos o que é vida neste campeonato.

Sábado é no Engenhão, contra o Sport, que vem tomando pancada de todo mundo. É hora de bater também Fogão, nossa torcida não merece tanta dor.

Arbitro: Sálvio Spínola nem foi notado em campo, então fez ótima arbitragem;

Nei Franco:
está queimando o garoto Rodrigo Dantas. Promessa tem de ser lapidada. Jogou todo o peso nas costas do menino e deu no que deu, ele sentiu e se omitiu. Abaixo o 3-5-2. Chega de Túlio Souza, Fahel, Diego e Jean Coral. Venha logo de 4-4-2 e simplifica a coisa definindo um esquema para 90 minutos;

Destaques: você destaca alguém?!?;
Jogou bem: Castillo e Eduardo;
Garra: Guerreiro;
Comprometeu: o 3-5-2;
Irritou: Alessandro, Fahel e Túlio Souza;
Desafinou: Jean Coral, Túlio Souza, Fahel, Tony, Victor Simões, Gabriel e Rodrigo Dantas;
Ninguém viu: Diego e Jean Coral;

EU ESCALO

Já é dramática nossa situação. É vencer até mesmo de meio a zero o Sport, sábado, às 18h30, no Engenhão. Então Eu Escalo: Renan, Alessandro, Juninho, Teco e Thiaguinho; Guerreiro, Léo Silva, Eduardo e Lúcio Flávio (Batista); Victor Simões e Reinaldo;

“Tu és o Glorioso, não podes perder, perder pra ninguém...”

Força Sempre Fogão!

Saudações Alvinegras

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Minha camisa vermelha ... (No Beira Rio foi)

Fantástica a demonstração de amor e força da torcida colorada na última quarta-feira. Ficou ainda mais bonita por tratar-se de uma vitória maiúscula sobre o “Mais Querido” dos presídios e comunidades brasileiras.

Três momentos marcantes do jogo:

1 - O passe ‘magistral’ de Juan ‘marrentinho’ para Nilmar disparar e preparar o primeiro nocaute da noite para TYSON. E ele mandou de direita e lona;

2 - O canto frenético da torcida colorada quando os teimosos se levantaram quando a contagem já estava em 9. Em nenhum momento eles vaiaram um só jogador, pelo contrário, cantaram do fundo de suas gargantas e, na marra, empurraram o time para a vitória. Nossa torcida tem de ser menos pessimista, acreditar e apoiar sempre até o fim. Depois pode até reclamar...

3 - Bruno de joelhos observando a redonda entrar. Parece texto erótico, mas a cena foi essa. É goleiro que pega pênalti, mas engole todas de falta. Resultado: Dois marrentos na mesma lona de uma vez só. Aliás, milhões de vermes e impurezas da cidade e do país foram dizimados no dia 20/5/2009. A verdade tarda, mas não falha. A realidade já está aí. Segundona à vista!

Sport Club Internacional
Composição: Guarda Popular do Inter

Minha Camisa Vermelha

Inter , estaremos contigo ...

Tu és minha paixão!

Não importa o que digam

Sempre levarei comigo

Minha camisa vermelha...

E a cachaça na mão

O Gigante me espera...

Para começar a festa !


Xalaialaiaa ,
Xalaialaiaa ,
Xalaialaiaa !
Você me deixa doidão !

Xalaialaiaa ,
Xalaialaiaa ,
Xalaialaiaa !
Inter do meu coração !

Xalaialaiaa ,
Xalaialaiaa ,
Xalaialaiaa !
E O MENGUINHO DANÇOU!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Fogão pressiona, mas empata com Timão


Olá ilustres alvinegros,

Foi um bom jogo ontem à noite no Engenhão. Só faltaram gols. Em termos de resultado é evidente que empatar nunca será bom negócio num campeonato por pontos corridos onde, um ponto, quase nada acrescenta na tabela.

Pelo menos o Fogão não foi o time apático como aquele do 1º tempo da estréia frente ao Santo André. Ontem lutamos, fomos determinados, criamos chances de gol, mas também permitimos algumas para eles, mas tudo numa circunstância até certo ponto aceitável, previsto num duelo contra o time mais badalado de São Paulo e com a presença do “fenômeno” Ronaldo. O Timão veio completinho pra cima do Fogão. Ao menos demonstrou respeito com o Bota.

Ney ainda segue em busca do time ideal sem Reinaldo e Maicosuel, e ainda não encontrou. Talvez o time do 2º tempo seja o mais indicado. E nesse time ainda saco o Fahel e Túlio Souza.

O clima no Engenhão estava ótimo. Nossa torcida, que compareceu em bom número (14.523), estava ávida por uma vitória do Fogão e a expectativa de ver Renan fechando o gol contra o ‘gordo’. Ainda teve a bela homenagem a Nilton Santos, a ‘enciclopédia’. Esse sim é nosso maior ídolo, ele só vestiu duas camisas em toda a sua vida: a do Fogão e da Seleção Brasileira. E isso sendo o maior lateral da história do futebol. Salve, salve, muita saúde e Parabéns ao nosso eterno mestre Nilton Santos!

O JOGO

Nosso início de jogo foi muito bom. Imprensamos os paulistas e não demorou a surgir a primeira grande chance. Rodrigo Dantas, nossa promessa, acertou lindo chute da entrada da área e Felipe operou o primeiro milagre da noite. Em seguida, Jean Coral tentou uma bicicleta, mas a bola raspou o poste esquerdo de Felipe.

O Bota era incisivo no ataque e o Timão se via encurralado. Pena que essa pressão durou apenas até os 15’ de jogo. O Timão equilibrou as ações e o Bota percebeu suas limitações. O time perdeu o ímpeto e viu que Túlio Souza e Rodrigo Dantas não municiavam o ataque, Fahel não marcava bem e Thiaguinho não conseguia ir ao fundo, e pior, não marcava ninguém. Dessa forma a Avenida Thiaguinho foi bem explorada pelo lateral André Santos, numa delas ele driblou toda a zaga, mas Renan também faz milagre.

Era nítida e distância entre defesa, meio e ataque. Victor Simões, isolado, fazia número no ataque. Jean Coral até voltava para buscar jogo, mas com a bola nos pés também não resolvia. Eduardo foi ao fundo uma vez apenas, mas quase deu samba. Bola na cabeça de Coral, mas ele perdeu na pequena área.

Do lado de lá, o fenômeno tentou por duas vezes, nas duas ele ganhou de Juninho. Na primeira, chutou em diagonal rente à trave de Renan. Na segunda, bem ao seu estilo, arrancou e deixou Juninho batido, mas Renan estava atento e defendeu o chute cruzado do maior artilheiro das Copas do Mundo. E foi só no tempo inicial. Sabíamos que Ney mexeria no time, mas com aquele banco...

E ele nem quis saber. Veio logo de estreante, Tony, e Gabriel. Saíram Wellington e Jean Coral. O Bota melhorou e até Thiaguinho entrou no jogo. Tony, rápido, confundia a defesa e Gabriel surpreendia pela disposição nas arrancadas, mas logo depois voltou ao normal e sua lentidão irritava no final. O Bota criou ótimas oportunidades para marcar o gol da vitória. Túlio Souza desperdiçou boa chance ao chutar forte, da marca do pênalti, mas a bola foi em cima de Felipe. Thiaguinho chutou cruzado e Felipe pegou. Juninho soltou o canhão e Felipe espalmou. Depois Léo Silva recebeu em diagonal e encheu o pé. Nessa eu gritei gol, mas o iluminado Felipe espalmou. Ah, do lado de lá também teve chance, uma delas cara a cara. Ronaldo e Renan, parece até nome de dupla sertaneja, mas Renan fez o Engenhão inteiro vibrar com uma perfeita saída do gol, nos pés do fenômeno, num lance em que ele raramente desperdiça. Méritos para Renan. Aliás, ele só comete um defeito ainda, suas reposições são imprecisas e isso ainda pode manchar suas atuações.

Ah, ainda teve a arrancada de Tony, que entrou livre diante de Felipe, mas demorou a concluir e a zaga abafou. A peça nula do ataque ontem foi Victor Simões. O cara errou tudo, inclusive uma bola em que entrou livre pela esquerda e quase na pequena área fechou os olhos e isolou. Victor não tem tranqüilidade para concluir, será que foi mais um que nos enganou? Tomara que não, mas só saberemos disso se um dia voltar o trio de ouro. O fato é que Simões parece mais um Wellington Paulista, arrebenta em estadual e fracassa em brasileiro.

Fim de papo e mais um empate, dessa vez sem vaias, pois a torcida reconheceu a luta do time e sabe das limitações desse elenco e, sobretudo, do equilíbrio dessa competição. Não tem jogo fácil. Ficamos com a impressão de que completo, com Maicosuel e Reinaldo, esse time encorpa. Mas ficou também a certeza de que carecemos e muito de um lateral esquerdo. Michael, do Dínamo de Kiev, foi confirmado, mas ele só estreará no dia 1º de julho. Se Maicosuel sair, Lúcio Flávio, por falta de opções, pode ser um alento. E no ataque depositaremos nossas fichas em Reinaldo.

Arbitro: Simon não chegou a interferir no placar, mas nos irritou mais uma vez, ao inverter faltas e não punir com rigor faltas duras do Timão. Ah, o bandeira do lado oposto à tribuna do Engenhão engessou o braço contra nós e tirou quando o Corinthians atacou por lá;

Nei Franco: Precisa acabar com urgência com esse maldito 3-5-2. Tá na cara que o time só rende quando ele elimina o excesso de zagueiros e põe o time pra frente. Precisa ter muito cuidado para não queimar o Rodrigo Dantas. Ainda é muito cedo para apostar tudo no garoto;

Destaques: Renan e Guerreiro;
Jogou bem: atuações regulares dos demais;
Garra: Guerreiro;
Comprometeu: ...;
Irritou: ...;
Desafinou: Jean Coral, Túlio Souza, Fahel e Victor Simões;
Ninguém viu: ...;

PARABÉNS

Primeiro nosso carinho, felicidade e muita saúde ao mestre Nilton Santos, que completou 84 anos no último sábado. Depois, parabéns em dose dupla ao nosso jovem Renan. Pelo jogo de ontem e pelos seus 20 anos completados hoje, 18/5/09.

EU ESCALO

Agora é vencer o Grêmio, no Olímpico, para encostar no pelotão de cima. Então Eu Escalo: Renan, Alessandro, Juninho, Wellington e Thiaguinho; Léo Silva, Batista e Eduardo e Rodrigo Dantas; Victor Simões e Reinaldo;

“Tu és o Glorioso, não podes perder, perder pra ninguém...”

Força Sempre Fogão!

Saudações Alvinegras

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Estréia insossa do Fogão

Olá ilustres alvinegros,

A intenção do técnico Ney Franco era arrancar para liderar o brasileirão desde o início, aproveitando-se da jornada dupla de Palmeiras, Inter, Corinthians, Flu, São Paulo e Cruzeiro, todos envolvidos com as fases mata-mata da Libertadores e da Copa do Brasil. Mas pelo que se viu ontem no ABC paulista os outros é que vão tirar proveito da nossa fragilidade.

Um time que vem jogando desde janeiro jamais poderia cometer a quantidade de erros que o Fogão exibiu ontem. Parecia nosso primeiro jogo em 2009. Uma nulidade em todos os sentidos. Foi o pior primeiro tempo de todo o ano, só compensado pelo esforço coletivo da equipe no tempo final. Conclusões precipitadas ou não:

· Emerson e Lucas Silva não podem ser titulares nem da equipe reserva;
· Túlio Souza é o mesmo do ano passado;
· Eduardo é o mesmo displicente de sempre;
· Fahel só faz número em campo;
· Alessandro é o lateral que não chega ao fundo e não cruza;
· Gabriel chega ao fundo e não cruza;
· Jean Coral é fraco;
· Jean Carioca não existe;
· Diego é velocista e não sabe o que é bola;
· As promessas sentem a pressão e não vingam;
· Ney Franco está perdido na escalação e definição tática do Fogão;

A dúvida: será que Maicosuel e Reinaldo conseguem mascarar isso por muito tempo?!?

O JOGO

Até que demorou para surgir o gol do time da casa. Foi um massacre do Santo André e não fosse Renan o placar do tempo inicial viraria 3x0. Fácil e simples assim. Não precisava entender de futebol para perceber que só um time atacava e criava oportunidades de gol. Tanto pela esquerda, quanto pela direita, os laterais do adversário chegavam como queriam. Com 13 minutos de jogo eles criaram três boas chances, Renan operou milagre em duas, numa delas a bola ainda bateu na trave. Arriscamos um chute perigoso com Thiaguinho, depois era pressão total do time local. Nosso meio de campo não se comunicava, Túlio Souza não sabia sua função, Fahel não marcava ninguém e Eduardo era o lateral que não passava do meio campo, ou era o zagueiro que não marcava ninguém. Alessandro não fez um cruzamento e a defesa jogou todo o 1º tempo exposta. Emerson perdia na arrancada até para o vovô Marcelinho Carioca. Ora, até que tomar o gol só aos 30 foi lucro. Eduardo perdeu a bola na defesa e Nunes pedalou pra cima de Juninho e fuzilou Renan: 1x0 Santo André.

O Bota até poderia ter empatado quando o zagueiro do lado de lá quis retribuir o presente de Eduardo. Ele entregou a bola nos pés de Victor Simões, que dividiu com o goleiro fora da área. A bola sobrou na direita para Lucas Silva, que tentou por cobertura. Neneca dessa vez foi quem fez o milagre de salvar em cima da linha.

Para a nossa sorte o time local não ampliou.
No intervalo Ney Franco, como sempre, procura corrigir as besteiras que faz no 1º tempo. Ele enche o time de zagueiro e a defesa é sempre vazada. O time leva uma surra, mas nunca é goleado. No tempo final, como já está perdendo mesmo, ele arrisca e faz o que deveria fazer quando inicia os jogos: acaba com esse maldito esquema 3-5-2 e põe o time pra cima. Ah, é sempre assim, o Fogão passa a jogar o mínimo que esperamos dele. Acho que só assistirei agora o tempo final do Fogão.

Emerson deu lugar a Jean Coral e Thiaguinho para Gabriel. Não sei até que ponto essas mudanças foram preponderantes, mas o Bota voltou com outra postura. Compacto e incisivo imprensamos o time do ABC, mesmo sem apresentar um grande futebol. Guerreiro ficou mais adiantado, como volante, Gabriel teve liberdade, embora nada fizesse de útil, e Jean Coral encostou em Simões. Era na vontade mesmo. Alessandro achou Jean Coral na área e este sofreu um pênalti cabeludo, mas o safado do Wilson de Souza Mendonça ignorou. Lembram dele naquele jogo com o Inter no Maraca quando teve de sair de camburão da PM?!?

Guerreiro tabelou com Alessandro e cruzou. Victor Simões escorou e a bola bateu no travessão, na trave esquerda e na linha do gol, mas a maldita não entrou. Depois Simões arriscou de novo e Neneca defendeu. Era ataque contra defesa, muito em função também do recuo do time da casa, é pequeno né...

Aos 35 Fahel sofreu falta dura por trás e Cicinho foi expulso. Aí jogamos na intermediária deles. Ney testou o garoto Rodrigo Dantas, muito cru ainda. Na pressão, aos 40’, Eduardo apareceu na esquerda e acertou belo cruzamento na cuca de Victor Simões. Não tinha como perder esse: cabeçada certeira e empate do Fogão. 1x1.

Ainda tentamos a virada, mas faltou qualidade. Um empate que, nas circunstâncias, não pode ser comemorado nem lamentado. O que lamentamos sim foi o pobre futebol apresentado pelo Fogão. Será que cinco dias de atraso de salários já tiraram parte da vontade de vencer?!?

Sabemos que carecemos urgentemente de reforços nas laterais, no meio de campo e no ataque. Esse elenco não briga pela Libertadores. Domingo que vem temos de atropelar o Corinthians no Engenhão. Não sei se o gordo joga, mas é hora de vencer a qualquer preço, sob pena de amargarmos uma sequência no limbo da competição. E sabemos o que isso significa.

Destaques: Renan;
Jogou bem: Guerreiro e Victor Simões;
Garra: Guerreiro;
Comprometeu: a desatenção de todo o time no tempo inicial;
Irritou: Emerson e Fahel;
Desafinou: Eduardo, Jean Coral, Túlio Souza, Fahel e Gabriel;
Ninguém viu: Lucas Silva;

EU ESCALO
Contra o Timão no Engenhão vou para atacar logo no 1º tempo. Então Eu Escalo: Renan, Alessandro, Juninho, Wellington e Thiaguinho; Guerreiro, Léo Silva, Batista e Eduardo, Victor Simões e Jean Coral; ( No banco muita reza para todos os santos)

“Tu és o Glorioso, não podes perder, perder pra ninguém...”

Força Sempre Fogão!
Saudações Alvinegras

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Virando a página




Gostei muito da crônica do Zé Fogareiro no Globo.com. A mídia gosta muito é de realçar qualquer conquista do Fla e não dimensionar da mesma forma a conquista dos outros cariocas. Pelo contrário, supervaloriza as perdas quando se trata de confronto com a molambada preta e vermelha.

Ora, os números acima são da FERJ, e é nítido que o Fla foi tri-vice por duas vezes na mesma década, ou seja, bitrivice, ainda que esta palavra seja um neologismo. Ora, a mídia não acabou com o Fla e ele sobreviveu. Então caros alvinegros, convenhamos que desgraças acontecem não somente com o Botafogo, mas com qualquer um, embora conosco sejam mais peculiares.

Nossa torcida ao invés de lamentar pelos cantos da cidade deveria mesmo era apoiar o Fogão incondicionalmente nos estádios, o que só ocorreu no estadual uma vez, contra o fraco Resende na final da taça GB. Ou seja, então torcida nós temos, mas ela só vai quando é barbada.

Pelo amor de Deus torcida alvinegra, ou acordamos agora e entendemos que amor a um clube significa também presença no estádio quando ele mais precisa, e não ir apenas quando a chance de vitória ultrapassar 90%, ou somente voltaremos a dar sinal de vida quando completarmos novo jejum de 20 anos. Convenhamos, em 89 tínhamos um time proporcionalmente bem mais fraco do que o Flamengo e a nossa torcida compareceu até mesmo em maior número. Jogamos com garra sim, mas criamos uma chance só de gol no jogo inteiro e a bola entrou. Tudo bem, marcamos, nos aplicamos e tivemos sorte sim, o que faltou e muito nas últimas finais com o Fla. Ora competência, a meu ver, também faltou agora, mas para ambos.

Não, não pode e não deve ser assim. Se o nosso presidente está honrando os compromissos e é pública a situação financeira do clube essa diretoria então é competente para reconduzir o Fogão às glórias conquistadas num passado recente. Depende fundamentalmente de cada torcedor o futuro do Botafogo. E já podemos virar essa página agora, quando temos pela frente a mais importante competição nacional: o campeonato brasileiro. Nos moldes atuais, ele é o mais difícil do mundo. E por isso temos de acertar nas contratações, ao mesmo tempo, não temos verba para dar o tiro certeiro. Então arriscaremos de novo, como fizemos no início do ano e fomos finalistas do estadual. Precisamos comparecer e empurrar o Fogão sempre. A força das arquibancadas será sempre nosso maior combustível que nos conduzirão às grandes vitórias.

Botafoguense: nossa obrigação é apoiar sempre, criticar quando preciso e amar incondicionalmente o glorioso Botafogo!

Saudações Alvinegras

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Fogão reage e empata na garra, mas perde o caneco nos pênaltis

Olá alvinegros de coração,

A emoção que vivi ontem no maior do mundo quando o Fogão empatou um jogo que parecia perdido é o que nos dá a certeza de que torcer pelo Glorioso é estar vivo sempre. Sim, perdemos o título. Dói, é evidente que sim, mas dói muito mais quando não lutamos e não damos o sangue, e isso não faltou ontem. Saí do estádio convicto de que esse grupo honrou o manto alvinegro, e sua dedicação não coadunava com o número de alvinegros presentes no Maracanã. Nossa torcida tem de se fazer presente e acreditar sempre. Hesitar é uma coisa, agora abandonar o time numa decisão é um tremendo gol contra, pior do que os do Emerson.

Fui, fiz a minha parte, empurrei o Fogão para a vitória, e por muito pouco não chegamos lá, mas a reação alvinegra foi tão inesperada que calou a massa flavelada por quase 45 minutos. Sim, eles ouviram a nossa torcida sim, e confessaram que eles é que ficaram travadinhos com a nossa reação.

Algumas lições certamente tiramos ontem:

· Ora, jamais devemos deixar de apoiar um time que chega a uma final. Isso é inadmissível e dá força psicológica ao adversário, além de reduzir a nossa. A torcida do Fogão tinha a obrigação de lotar a sua parte, e só levamos a metade disso, embora todos os heróis que prestigiaram o Bota tenham se multiplicado para se fazer ouvir no estádio, e ao menos nesse quesito os torcedores presentes se superaram.

· O amor pelo alvinegro é eterno e aprendemos que não adianta chorar pelos cantos e deixar o lado bom de um trabalho para trás. Essa gestão é a que mais promete após décadas de desastres em nosso comando. Em quatro meses pusemos os salários em dia e temos projetos de sustentação até o fim do ano. Isso após encontrar um clube com caixa zerado e inúmeras dívidas a negociar. É encaixar mais três ou quatro boas peças no time e brigarmos por uma Libertadores ou até mesmo a Sul Americana. Com estrutura forte o primeiro passo já foi dado.

· Precisamos reforçar nossas laterais, mais um zagueiro de nível e um meia para ajudar Maicosuel, além de um atacante para opção de banco. Temos algumas peças que não aconteceram como Jean Carioca, Emerson, Wellington, Lucas Silva, Diego etc. Além de Alessandro que já deu a dor de cabeça que tinha que dá. Só aí já contratamos ao menos dois bons jogadores para titulares absoluto.

Ney Franco: dentro das possibilidades do elenco e sem Maicosuel e Reinaldo teve méritos ao empurrar o Fogão para o empate no tempo final. Armou bem a equipe no início, marcando muito forte o Fla, mas o 1º gol, aos 20, desmontou o esquema e não soubemos atacar. É um bom treinador e contamos com ele para fazermos um bom brasileiro e brigarmos pelo caneco da Sul Americana.

Não vou analisar hoje os destaques, pois o nosso forte sempre foi o grupo, com algum brilho para Maicosuel. Aliás, contamos com o artilheiro do estadual para jogar o brasileiro até o final, pois já estão sondando nosso meia no mercado europeu.

Aos amigos dessa coluna que se manifestaram com depoimentos emocionantes, com o do Flávio, Luiz, Carlos (Gute) e Fernando Gonçalves fica a certeza de que torcer pelo Fogão é nutrir-se de um sentimento genuíno e a essência da vida: o AMOR. Esse sentimento, por si só, nos dá a certeza de que nossos filhos jamais torcerão por outro clube senão o nosso amado Botafogo. E podem ter a certeza de que logo eles nos agradecerão e dirão: Pai, obrigado por ter colocado o Botafogo em minha vida. Sendo Botafogo, eu aprendi que perdendo ou ganhando meu amor por este clube só aumenta. É sofrendo que se valoriza a glória. É sofrendo que se colhem os louros. É sofrendo que sempre triunfamos quando nos dão como mortos, isso é a fênix alvinegra. Eu aprendi que mesmo nas estradas sinuosas da vida o Botafogo fez de mim um ser humano consciente, lúcido e acima de tudo vitorioso, pois descobri desde cedo o que é viver, pois viver pra mim é amar, e meu primeiro grande amor foi o Botafogo!

Amigos alvinegros de coração, digo um até breve, ou até a próxima segunda-feira, quando analisaremos a estréia do Bota contra o Santo André pelo Brasileirão 2009. Prefiro guardar na memória a emoção sentida no empate do Fogão, e a certeza de que jamais deixarei de amar o Glorioso Botafogo, pois aonde quer que esteja sempre estarei contigo no meu coração.

Deixo a mensagem de Renato Russo em poesia de Camões. Imaginem essa poesia associada ao nosso amado Botafogo:

Monte Castelo

Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...

É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja
Ou se envaidece...

O amor é o fogo
Que arde sem se ver
É ferida que dói
E não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer...

Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor (Botafogo), eu nada seria...

É um não querer
Mais que bem querer
É solitário andar
Por entre a gente
É um não contentar-se
De contente
É cuidar que se ganha
Em se perder...

É um estar-se preso
Por vontade
É servir a quem vence
O vencedor
É um ter com quem nos mata
A lealdade
Tão contrário a si
É o mesmo amor...

Estou acordado
E todos dormem, todos dormem
Todos dormem
Agora vejo em parte
Mas então veremos face a face
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade...

Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...

“Na estrada dos louros, num facho de luz, tua estrela solitária te conduz..."

Força Sempre Fogão!

Saudações Alvinegras