Ufa! Pode vibrar galera alvinegra. O Fogão finalmente encerrou o incômodo jejum de 10 jogos sem vitória. E para saborear, ela veio representando a classificação do Bota às oitavas de final da Sul Americana. E para não sair da rotina, com dramaticidade e requintes alvinegros. Três gols chorados e por isso muito mais comemorado. Frango de Castillo e coração na boca.
O placar de 0x0 levaria à decisão por pênaltis. O problema é que o peso do momento adverso do Bota travou por demais o Fogão. O 1º tempo alvinegro é pra se descartar. Não jogamos futebol. Para se ter uma ideia, só concluímos a gol uma vez, e foi no pênalti de L.Flávio. Já o Furacão jogava com facilidade e dominava o meio de campo. Chegava como queriam e se aproveitava da benevolência do meio de campo, defesa e da incapacidade tática e técnica de Alessandro.
Dessa forma abriram o placar com Weslei, que joga fácil no nosso time. Ele recebeu lançamento na esquerda, cortou Alessandro como quis e encheu o pé. Castillo, com a mão mole, aceitou: 1x0 Atlético PR.
Só chegávamos por meio de algumas faltas sofridas por Jônatas, lento, porém o mais lúcido do meio de campo. Juninho não estava inspirado e nossa principal arma engasgou.
Sem inspiração, contávamos com a sorte de um lance fortuito para furar a rede paranaense. E ela veio com Reinaldo, para mim num pênalti maroto, mas o Seneme já havia ignorado penal em André Lima. Apreensão no mais bonito do Brasil. L. Flávio concentra-se e André Lima ajoelha-se. Só Jesus salva. E com essa fé L. Flávio foi pra bola e mandou com carinho. Ela beijou o poste esquerdo e acariciou o véu da noiva: 1x1, alívio alvinegro, esperança renovada e fim de papo no 1º tempo. Ah, André Lima ficou permaneceu de joelhos rezando e agradecendo a todos os santos.
O gol de empate aos 45’ do 1º tempo fez o Fogão voltar menos travado para o tempo final e acreditar. Mas ainda faltava confiança. Era nítida a impressão de que cada atleta carregava um saco de cimento nas costas. Mas com movimentação intensa o Fogão virou. Thiaguinho cobrou rápido o lateral e achou L. Flávio na área. Ele girou e descobriu Gabriel na esquerda. Ele bateu esquisito, e a bola entrou chorando, de mansinho, para explosão da massa alvinegra. 2x1 Fogão.
Ainda faltavam 30 minutos para findar a partida. E o Bota teve a bola do jogo com Reinaldo. Ele invadiu livre pela esquerda e na hora de concluir perdeu o tempo de bola e o zagueiro salvou. O castigo veio. Wellington posicionou-se mal na zaga e permitiu que Nei recebesse livre, nas suas costas, e concluísse a gol. Bola em cima de Castillo e um piu-piu clássico e inacreditável: bola embaixo das pernas, empate do Furacão e desespero de Leandro Guerreiro. 2x2.
36’ de jogo, o Fogão cede o empate e parecia que só um milagre reverteria nosso drama. E não é que ele veio!?! 38 minutos do 2º tempo. L.Flávio cobra falta, André Lima roça na bola e Wellington pega a sobra e bate de joelho. Seria um gol feio, mas feio é não fazer gol, a torcida ainda esperou a confirmação do bandeira para comemorar. Ufa, 3x2 Fogão.
Ainda faltavam sete minutos e tudo poderia acontecer. E foi um sufoco só, Victor Simões entrou e conseguiu perder o gol mais feito do jogo ao carimbar a trave de Galatto. Para nossa sorte, não deu mais tempo para nada. Era só comemorar o fim do maldito jejum e torcer para que o alvinegro finalmente volte a jogar bola no brasileirão.
Ah, que venha o Emelec (que nojo!). Dia 23 faremos o 1º jogo no Engenhão. É meter 3x0 liquidar no Equador.
Que volte então o nosso amado Glorioso!
Estevam Soares: parece que vem lendo nossa coluna. Foi ótima a surpresa do Gabriel. Mas nada é perfeito, pois Emerson ainda estava lá. Jônatas deixa o meio criativo, mas com L.Flávio o ritmo é lento demais. Cadê o Batista? Rezamos para que encaixe logo seu padrão no Fogão. Ainda é nítido que o time não tem consistência;
Destaques: Jônatas e Gabriel;
Jogou bem: Guerreiro; André Lima e L. Flávio
Garra: Guerreiro;
Comprometeu: Castillo;
Irritou: Castillo, Alessandro e Emerson;
Desafinou: Reinaldo e Victor Simões;
Ninguém viu: Eduardo;
EU ESCALO
O desafio agora é o Santos, domingo, às 18h30, na Vila Belmiro. É reforçar a marcação e acreditar em todas as bolas. É raça pura durante 90 minutos. Eu Escalo: Jefferson, Juninho, Teco e Eduardo; Thiaguinho,Guerreiro, Batista, L. Flávio e Gabriel; Reinaldo e André Lima;
“Na estrada dos louros, um facho de luz, tua estrela solitária te conduz...”
Deus salve nosso amado BOTAFOGO!
Força Sempre Fogão!
Saudações Alvinegras