quinta-feira, 30 de julho de 2009

FOGÃO JOGA BEM, MAS CEDE EMPATE NO FIM, OUTRA VEZ



















FOGÃO 2X2 COXA – 15ª rodada

Olá alvinegros de coração,

Findada a partida de ontem fiquei me perguntando: o quê o Fogão tem de fazer para segurar resultado? Nos últimos seis jogos, pelo menos em três deixamos a vitória escapar após sair na frente. Contra Fla e Coritiba então cedemos empate aos 44’ do 2º tempo. O problema foi o velho cochilo ou não matar o jogo na hora de desespero do adversário? E concluí que os dois fatores foram preponderantes. E digo mais: que tal um tratamento intensivo vendo vários jogos de times argentinos? Vocês vêem time argentino cedendo empate no fim? Eles são pragmáticos na arte de segurar o placar. Quando querem mesmo, a bola não rola mais, só fica em poder deles e as faltas e a velha catimba irritam o oponente. E todos se transformam em zagueiros quando são atacados, e jamais dão a liberdade que o Fogão ofereceu no gol de empate do Coxa.

Mais um jogo em que atuamos bem coletivamente. Ah, com uma ressalva importante: o maestro estreou no Fogão. Lúcio Flávio criou jogadas perigosas e ainda apareceu em condições de finalizar. E finalizou. Parecia que tinha tomado algum chá desconhecido, pois nunca o vi tão ligado no jogo. Com a volta de LF voltaremos a ter meio de campo, e jogar bem será conseqüência. Mas, e a regularidade? 80% das forças desse campeonato se equivalem, e enquanto não aprendermos a mandar bola pro mato visto que o jogo é de campeonato, perderemos pontos importantes como os de ontem. Nesses seis jogos, foram seis pontos dados. O Fogão teria agora 22 pontos com um jogo a menos. Brigaria pela Libertadores já.

O JOGO

O frio de Curitiba não foi o suficiente para esfriar o Fogão. O time entrou ligado e logo viu que teria trabalho para furar o bloqueio paranaense. O Coritiba tem uma pegada forte, mas é indisciplinado e tal qual o Fogão, erra passes em demasia, aliás, é o que mais pecou nesse fundamento. Assim, só com paciência e movimentação para furar o ferrolho. E assim fizemos. Renato e Batista quase abriram o marcador no início. O Coxa respondeu com um chutaço de Rodrigo Heffner que Castillo espalmou. Depois o Bota tomou conta do jogo. O gol era questão de tempo e de capricho. E saiu aos 32’. LF cobrou escanteio, a zaga cortou para trás e Victor Simões testou entre o goleiro e a trave, com a colaboração de Vanderlei. 1x0 Fogão.

O Coritiba criou sua melhor chance no tempo inicial com Carlinhos Paraíba, que jogaria fácil no Fogão. Ele acertou um chute rasteiro que triscou a trave de Castillo. LF achou André Lima, que devolveu para LF, e este bateu rasteirinho. Vanderlei tirou com as pontas dos dedos. Essa jogada demonstrava a supremacia e melhor futebol alvinegro, com LF no jogo e atuando como maestro. Quem destoava era Renato.

ANDRÉ LIMA DESPERDIÇA CHANCES DE OURO E BOTA É CASTIGADO

No 2º tempo o Coxa avançou o time e passou a jogar no nosso campo. Por alguns minutos cedemos à pressão. Ao mesmo tempo, os espaços surgiam. Juninho disparou seu míssil, Vanderlei deu rebote, mas recuperou-se nos pés de Simões. Em seguida uma bela arrancada de LF, tive de esperar o replay para ter certeza de que era mesmo ele que, em velocidade, ganhou de dois defensores, foi ao fundo e centrou nos pés de André Lima. Ele e o goleiro. Mas André se enrolou todo e perdeu o ângulo. Rolou para Batista chutar fraco e Jaílton salvou em cima da linha. Era para matar o jogo. Em seguida André Lima recebe na marca da cal e bate fraco. Vanderlei defende com dificuldade.

O ditado é antigo, mas sempre atual para o Fogão: “Quem não faz leva.” E mais uma vez a zaga fez a linha burra. E sem impedimento Bruno Batata recebeu livre e bateu na saída atabalhoada de Castillo. 1x1. Por alguns instantes sentimos o gol, e o Coxa quase desempata num rebote de Castillo, que na sequência divide a bola com Marco Aurélio. Vuaden considerou lance normal. Na sequência Victor Simões entrou livre, mas tentou cavar um pênalti. O Fogão se recompôs, equilibrou a parada e finalmente acertou uma jogada. E deu samba. Após rebote do goleiro, Batista foi ao fundo e cruzou com perfeição na cabeça de Renato. Ele acordou e testou sem defesa para o goleiro: 2x1 Fogão.

Ufa! Vibrei, saltei e quis acreditar que dessa vez o Fogão não daria mole no final. Ora, faltavam só 7 minutinhos. Passei a atuar como zagueiro, tirando tudo que vinha pra nossa área. Mas não esperava que Juninho fosse com o corpo mole perder a principal bola do Coxa nos minutos finais. Leozinho cruzou, Bruno Batata errou o domínio e Wellington escorregou. Marco Aurélio encheu o pé e decretou o empate. 2x2. Não resisti e proferi palavras impublicáveis: “d8*¨%$@*$((¨&!%¨_(&¨%$#$ ". De novo não! Bradei várias vezes, mas ninguém me ouvia. E ainda quase sofremos a virada. Falta na direita, cruzamento, ninguém marca ninguém e a bola bate na trave de Castillo. Fim de papo e mais um empate com gosto amargo. Se eu fosse o presidente, antes de cada jogo, na preleção, teipe de jogo argentino para o grupo aprender a matar o jogo ou segurar resultado nos minutos finais.

Após alguns minutos, refleti e vi que esse Fogão merece sim apoio do torcedor. Mesmo com esses vacilos, o time mostra agora que tem condições de fazer um campeonato digno, e se mantiver esse padrão, pode até sonhar com Libertadores. Êpa, êpa, êpa, tudo bem já acordei, somos o 16º colocado, o primeiro fora da zona crítica. Então é somar pontos, e sábado teremos de fazer nosso dever de casa. Ontem o PAC alvinegro só subiu um ponto. Quero a mesma atuação do jogo contra o Inter, com menos vacilo da zaga. Acredito num ótimo jogo do Fogão, e venceremos bem dessa vez. Te espero lá no Engenhão, sábado, às 18h30, em meio aos 13 mil alvinegros ávidos pela 4ª vitória do Fogão.

Nei Franco: o Bota teve mais volume de jogo, finalizou mais que o adversário, desarmou 29 vezes contra apenas 5 do Coxa e teve mais pegada. Ainda assim não soube ganhar o jogo. Ney precisa fazer o time se multiplicar na marcação no fim dos jogos quando estiver em vantagem. Pelo menos nessa hora tem de fazer valer a lei de time pequeno: posse de bola no ataque ou brecar o jogo na nossa intermediária. É lição de times sul-americanos, e ele precisa engajar-se nesse contexto já;

Destaques: ontem falou mais alto o coletivo;
Jogou bem: Guerreiro, Alessandro, Batista, Eduardo, Victor Simões e Lúcio Flavio;
Garra: Guerreiro;
Comprometeu: Entendi que Castillo precipitou-se no 1º gol e Juninho jamais deveria perder a disputa ombro a ombro no 2º gol deles. É primário: zagueiro quando sai da área deixa uma lacuna, por isso deve ganhar o lance ou fazer a falta;
Irritou: os dois gols que cedemos para o Coritiba foram erros primários e constantes do Fogão no brasileirão;
Desafinou: André Lima (até participou bem do jogo, mas teve chances de matar o jogo, e não o fez);
Ninguém viu: Reinaldo;

EU ESCALO

Sábado é dia de jogar bem 90 minutos. É abrir logo 3x0 para acalmar a torcida. Não agüento mais! Vou ao jogo sem levar calmante. Eu Escalo: Castillo, Juninho, Wellington e Eduardo; Alessandro, Guerreiro, Renato, Lúcio Flávio e Batista; Victor Simões e André Lima;

“Na estrada dos louros, num facho de luz, tua estrela solitária te conduz...”

Força Sempre Fogão!

Saudações Alvinegras