domingo, 23 de agosto de 2009

FOGÃO HONRA O MANTO, MAS JUIZ IMPEDE VITÓRIA



FOGÃO 3X3 CORINTHIANS – 21ª rodada

Neste momento passaram-se 4h da batalha do Pacaembu. Ufa! Haja coração para tanta emoção. Foi jogaço, do início ao fim ninguém poderia prever o desfecho do melhor jogo da rodada, e um dos melhores do campeonato.

Inacreditável e doloroso crer que estamos na zona de rebaixamento, com atuações de ponta contra Palmeiras e Corinthians. Isso, sem contar as boas atuações frente ao Inter e Santos. Então o Fogão só joga contra os grandes? Isso não sei responder, mas é parecido com o estadual, mal contra os pequenos e um gigante nos clássicos. Mas isso é brasileirão, onde há equilíbrio do primeiro ao último colocado. E independente do quilate do oponente, há se jogar para vencer sempre. Então o que cobramos e exigimos é que o Botafogo seja o gigante do Palestra Itália e do Pacaembu quando atuar também no Engenhão.

Antes de falar do jogo, quero reiterar meu repúdio à TV Globo pela parcialidade na transmissão. Eram notórios os comentários tendenciosos aos paulistas, tal qual o péssimo árbitro baiano. Afirmar que não foi pênalti em Victor Simões logo no início do jogo é querer duvidar da nossa sanidade. Ora, logo mudei para a Band, emissora paulista, e lá era unânime o penal que todos vimos, menos o juiz e a Globo.

Não é de hoje que a arbitragem vem beneficiando os paulistas no brasileirão, e não é só contra o Fogão não. Mas contra nós é o prazer. Só isso explica os pênaltis não marcados em LF contra o Porco e o de hoje no Simões, além da invenção que foi o 2º pênalti em J. Henrique, justo ele que simulou esse mesmo lance pelo Fogão umas 200 vezes e ninguém jamais caiu na sua.

O JOGO

Minha adrenalina ainda estava alta após a surpreendente Vitória do Barrichelo no GP da Espanha. Torcer pelo Rubinho é muito parecido com o Fogão. Você sempre espera o pior no final. Felizmente Rubinho espantou o mau olhado guiando com perfeição, e rezava para que ocorresse o mesmo com o nosso Fogão.

Estevam Soares fez uma mudança no mínimo corajosa, ao modificar o esquema de jogo para o 4-4-2. Não pela barracão do Emerson, pois ele reduziu nosso perigo de gol, mas por mudar de um esquema para o outro momentos antes do jogo. Quanto ao esquema acertou em cheio, mas entrar de cara com Léo Silva e Fahel é uma temeridade. Tá certo que Eduardo e Batista desfalcaram a equipe, mas aos poucos ele vai vendo com quem não pode contar, meu medo é que ele enxergue a realidade cedo demais e não tenha os 11 para entrar em campo.

O Fogão tentou jogar de igual pra igual no início, mas logo o Timão foi se soltando e chegou com perigo com JH, que driblou o time inteiro do Bota e por sorte finalizou como conhecemos. A partir dos 15’ o Bota começou achar seu jogo e Juninho quase abre o placar numa cobrança de falta. Depois LF se fez presente e lançou André Lima, que ganhou na corrida e bateu forte para boa defesa de Julio Cesar. Em seguida André encheu o pé de fora da área e JC espalmou. O Coringão perdeu chance clara com Dentinho, e o Bota teve o pênalti em Simões. Alessandro tocou de cabeça para Simões que chegava na pequena área para concluiu e foi empurrado, mas o juiz ignorou o lance.

O baiano Arilson Bispo da Anunciação mostrou qual era sua intenção no final do 1º tempo. Dentinho entrou livre pela esquerda e Léo Silva o atropelou desnecessariamente. O árbitro não teve dúvidas em apontar a marca da cal, afinal é contra o Fogão. Dentinho converteu. 1x0 Corinthians.

Estevam logo percebeu que não poderia contar com Léo Silva, e veio de Reinaldo, deixando o meio de campo vulnerável na marcação, mas fortalecendo o poder ofensivo alvinegro. E deu certo logo com um minuto de jogo. LF cobrou escanteio e Reinaldo testou com estilo, no ângulo de JC. 1x1.

Aí o homem de amarelo volta a aparecer. Ele inventou uma falta na entrada da área e Marcinho cobrou como quem faz um arremesso, bola na gaveta e Corinthians na frente de novo: 2x1.

Finalmente uma forra para o Fogão. Alessandro faz bela jogada na direita, vai ao fundo e centra. André Lima se antecipa e põe para o fundo da rede. 2x2. Neste lance ainda esperei pela validação do gol antes de pular e soltar o grito de Fogo, que ficou ainda mais potente quando revi o lance umas 10 vezes até perceber que André teve a ajuda da mão divina, já que pelo sopro do apito Deus já havia jogado a toalha.

Foi gostoso, mas logo falei pra minha esposa que o safado iria compensar, até uma criança já previa isso. O empate foi aos 14’ do 2º tempo, e o juiz demorou exatos 6 minutos para utilizar o garfo do demo contra nós, e que espetada! J. Henrique se jogou na área e ele marcou outro pênalti. Confusão total e indignação alvinegra. Tudo contra o Fogão. Dentinho bateu, Castillo defendeu e Dentinho pegou o rebote. O Bandeira invalidou o lance, depois amarelou e disse que o gol fora legal. 3x2 e só mesmo muita entrega para manter o equilíbrio e buscar novo empate. Eu mesmo naquele momento já queria literalmente quebrar a cara do Souza, um sujeitinho asqueroso e insuportável.

O Timão achou que a fatura estava liquidada, 3x2 e com o 12º jogador de amarelo a vitória era certa. Mas isso é BOTAFOGO, e é bom não duvidar da força dessa camisa. Falta na entrada da área. Confesso que implorei para o LF deixar o Juninho cobrar. Juninho fez o corta-luz e LF cobrou com perfeição, acordando a coruja. Golaço e um berro potente e entalado sai desse alvinegro emocionado, extravasei e proferi aquelas palavras para esses paulistas de m..., 3x3 e já não previa mais o que poderia acontecer.

Graças a Deus daí em diante tivemos 10 minutos de calmaria. E finalmente o baiano Arilson percebeu que não dava mais para inventar outro pênalti, afinal nem na nossa área a bola chegava mais. Fim de papo e se jogarmos 10 partidas com essa determinação teremos um natal de primeira.

O maior desafio de Estevam não estava nesse jogo, pois já provamos que conseguimos jogar bem fora do nosso território. Estevam tem a oportunidade de provar que o Bota pode ser eficiente também no Engenhão. É hora de união e apoio ao Fogão.

Estevam Soares: livrou-nos do Emerson, mas Léo Silva e Fahel juntos não dá. Fez o Bota Guerreiro do início ao fim. Mexeu bem com Reinaldo, mas Michael ou é fraquíssimo ou está com problemas psicológicos. Deveria sair antes. Continuamos confiando no trabalho do treinador,

Destaques: L. Flávio e Reinaldo;
Jogou bem: André Lima, Alessandro e Simões;
Garra: Guerreiro;
Comprometeu: Léo Silva;
Irritou: o personagem do jogo: Arilson Bispo da Anunciação
Desafinou: Michael e Wellington;
Ninguém viu: Renato;

EU ESCALO
Quinta-feira é hora de acabar com a maldição do Engenhão. Teremos um grande pela frente, e sempre jogamos bem contra grandes. Fogão e Cruzeiro, às 21h, no mais moderno do Brasil. É hora de sair da zona. Eu Escalo: Castillo, Alessandro, Juninho e Wellington e Eduardo; Guerreiro, Batista, Renato e L. Flávio; Victor Simões e André Lima;

“Na estrada dos louros, um facho de luz, tua estrela solitária te conduz...”

Força Sempre Fogão!

Saudações Alvinegras