FOGÃO 2X0 CORINTHIANS – 28º jogo – Brasileirão 2011 – PACAEMBU
Olá Eufóricos Alvinegros,
Surpreendentemente arrasador. Decisivo. Compacto. Objetivo. Irresistível. Consistente. Pragmático. Eficiente. Incisivo. Forte. Gigante. Iluminado.
Quem poderia imaginar que os adjetivos acima poderiam ser utilizados para definir o Fogão que sapecou 2x0 no Timão dentro do Pacaembu? Que VITÓRIA maiúscula Fogão!
Ontem tentei não pensar no jogão contra o líder da competição. Até porque depois do último tropeço contra o Bahia, dentro de casa, confesso que não havia assimilado o golpe. Cheguei a dizer para alguns amigos que tinha jogado a toalha. Ora, cansei de ver todo mundo nos oferecendo o caneco e dizermos um solene NÃO. Não queria papo. Briguei e fiquei de mal com o Fogão. Pelo menos tentei né...
Ficar de mal com quem se ama, com uma paixão devoradora, é coisa de ‘Loco’. E a todo o momento imaginava as cenas tórridas de amor, digo, um golaço do Fogão e a resistência à pressão paulista, como quem luta pela sua pátria. Seria o Fogão capaz de nos proporcionar isso neste momento do campeonato?
Com a persistente pulguinha atrás da orelha me esparramei no sofá da minha sala. Deixei como sempre meu celular à mão para atender aos amigos eufóricos que me ligam quando triunfamos espetacularmente. Sim, com o Fogão em campo tudo é possível.
Confesso que uma frase de Nelson Rodrigues me incomodava: “O torcedor alvinegro é um pessimista nato.” Acrescentava ainda que nos orgulhamos desse sofrimento, e que sem ele seríamos inconsoláveis, como um ser que perde subitamente a sua função, o seu destino. Embora aí existam meias-verdades, me permiti discordar de Nelson, afinal a conquista mais valiosa, mais significativa advém de um intenso sofrimento. E nisso sim somos doutorados.
Emoção à flor da pele ao ver Loco e a torcida alvinegra se fazendo presentes. O clima do jogo me dava um sentimento estranho, daqueles que sabemos que algo bom, quase um milagre acontecerá.
Bola rolando e vi um Fogão coeso e confiante. E abrimos o marcador. F. Ferreira rolou para trás e M. Mattos empurrou pro gol. Gritei, pulei e vi um sujeito levantar a bandeira. Anularam o gol do Fogão. Vergonha. Um roubo escancarado. Temi pelo pior. Vai desequilibrar o time. Vamos tomar um gol agora e partir pra cima do juiz. Aí ele expulsa meio time e o caldo entorna de vez. Como é fértil a mente de um alvinegro!
11 minutos. Elkeson tabela com F. Menezes e cruza. A bola chega limpa na cuca de Loco, que mergulha e testa firme. Golaço, porque todo gol do Fogão é lindo e memorável. Proferi meu grito impublicável e mandei a primeira banana. O que surpreendia era a consistência alvinegra. Compacto e atacando em bloco. O Timão não acreditava no que via, pois pensava que trucidaria o alvinegro como fizera com o Atlético GO. Eles atacavam desordenados e nos ofereciam campo. Era só encaixar a batida perfeita. Outra vez F. Menezes tabela, agora com Mago. Este recebe na entrada da área, dribla o zagueiro e bate forte. Era nosso Mago confiante. E confiança é igual a gol. A bola desvia e vai entrando de mansinho. E eu, loco, assoprando a gorduchinha. Vai entrando, vai entrando... entrou! Tá lá! É Fogão p... Isso é BOTAFOGO! 2x0 e soltei meu 2º grito a plenos pulmões. O Fogão encantava. Era tudo perfeito. Ops, alguém disse perfeito? Puts, e isso combina com a gente?!? Bem, 2x0 e era para ser de 3. Bom demais. Mas tem o 2º tempo. Shiiiiiiiiiii, que perigo Fogão!
Sabíamos que seria um sufoco, por isso queria logo o 3º gol. A pressão veio. E pasmem, a zaga que outrora não cortava nada, virou um paredão. F. Ferreira e A. Carlos se agigantaram. Renan era um monstro. Mesmo com pressão não faltava confiança. Até Cortês ser expulso. Êta juizinho tendencioso! Eles vieram de Adriano, pra nossa sorte, e Caio Junior recompôs o lado esquerdo com Gustavo na vaga de F. Meneses. Perdemos de vez o meio de campo e virou ataque contra defesa. Um bombardeio, de todos os lados. Loco virou zagueiro. Herrera entrou e mal pegava na bola. Mas o Bota se superava. Alessandro marcava e M. Mattos dessa vez salvava os gols que dera em outros jogos. Como este cara jogou! Renato marcava e tentava cadenciar o jogo com seu estilo elegante e eficiente. Entrou Bruno Tiago.
40’ de jogo e eu de pé, em frente à TV, tirando tudo como dava. Gritava para Renan tirar essa. Corta Ferreira! Ai meu Deus... RENAAAANNN!!! Gritei Renan várias vezes. Pedia para Loco cortar. Não deixa cruzar não! Ai, cruzou. Marca! Pega ele! Tira daí pelo amor de Deus! Ufa! 42’. Meu coração resistia. Adrenalina a mil. Não agüentei. Corri até o freezer e fui me refrescar. E toma bola no caldeirão alvinegro. Renan, a zaga, Loco, os volantes, todos eram onipresentes. 47’. Só pensava assim: se tomarmos um gol com 45’ ainda podem alçar a bola na área e acontecer um cataclismo. Mas com 47’ não. Abri outra. Fim de papo e meu último grito: FOOOOOOGOOOOOOO!. Parecia que eu estava mais exausto que nossos heróis. Liguei para o meu filho Bruno. E ele, radiante, também queria acreditar no que acabava de ver. Um Botafogo triunfante. Um futebol que nos credencia ao título sim. Uma atuação que julgávamos não sermos mais capazes nesta reta final. Foi o resgate do glorioso? Nossa ressurreição? Os próximos jogos dirão. Ah, achei a minha toalha. Ela estava pendurada no varal. Nem chegou a cair. Então enxuguei o suor e disse bem ao estilo Pedro Bial: Estamos de volta!
40’ de jogo e eu de pé, em frente à TV, tirando tudo como dava. Gritava para Renan tirar essa. Corta Ferreira! Ai meu Deus... RENAAAANNN!!! Gritei Renan várias vezes. Pedia para Loco cortar. Não deixa cruzar não! Ai, cruzou. Marca! Pega ele! Tira daí pelo amor de Deus! Ufa! 42’. Meu coração resistia. Adrenalina a mil. Não agüentei. Corri até o freezer e fui me refrescar. E toma bola no caldeirão alvinegro. Renan, a zaga, Loco, os volantes, todos eram onipresentes. 47’. Só pensava assim: se tomarmos um gol com 45’ ainda podem alçar a bola na área e acontecer um cataclismo. Mas com 47’ não. Abri outra. Fim de papo e meu último grito: FOOOOOOGOOOOOOO!. Parecia que eu estava mais exausto que nossos heróis. Liguei para o meu filho Bruno. E ele, radiante, também queria acreditar no que acabava de ver. Um Botafogo triunfante. Um futebol que nos credencia ao título sim. Uma atuação que julgávamos não sermos mais capazes nesta reta final. Foi o resgate do glorioso? Nossa ressurreição? Os próximos jogos dirão. Ah, achei a minha toalha. Ela estava pendurada no varal. Nem chegou a cair. Então enxuguei o suor e disse bem ao estilo Pedro Bial: Estamos de volta!
“O Botafogo é bem mais que um clube - é uma predestinação celestial. Seu símbolo é uma entidade divina. Feliz da criatura que tem por guia e emblema uma estrela. Por isso é que o Botafogo está sempre no caminho certo. O caminho da luz. Feliz do clube que tem por escudo uma invenção de Deus.” Armando Nogueira.
Avante Fogão. Atropela o Furacão e busca o topo. Yes, We can!
BOTAFOGO: SUA TORCIDA É UMA FORTALEZA E JAMAIS SE RENDERÁ”
EU ESCALO
Domingo, 16h. Engenhão lotado. É pra afundar o Furacão e quem sabe sair líder. Te vejo no caldeirão. Eu Escalo: Jefferson, Lucas, F. Ferreira, A. Carlos e M. Azevedo; M. Mattos, Renato, Maicosuel e Elkeson; Caio e Loco.
“Na estrada dos louros, um facho de luz, tua estrela solitária te conduz...”
Força Sempre Fogão!
Saudações Alvinegras
