Que saudade eu tenho... Com ele em campo, não tinha placar em branco
O ano era 1995. Fogão na final do Brasileirão e muito próximo do tão sonhado título de melhor do Brasil. O adversário era o Santos, time de melhor campanha e muito badalado pela mídia paulista.
O Bota tinha a melhor dupla de ataque do país: Túlio e Donizete. O craque do campeonato jogava no Santos: Geovanni.
O 1º jogo da final foi no Maracanã, numa quinta-feira à noite. Horas antes caiu um dilúvio na cidade e chegou a se pensar no adiamento do jogo. E os mais pessimistas já imaginando que eram coisas que só acontecem ao Botafogo. Só que, neste caso, maus presságios para o Fogão. Que nada! A chuva parou justamente na hora que a bola rolou. E a drenagem do Maraca permitia aos talentosos exibirem sua arte.
A torcida não lotou o estádio, mas os 56 mil pagantes, nas circunstâncias, não foi de todo ruim. O Bota fez 2x1 ainda no 1º tempo. E desperdiçou boa chance de fazer um placar melhor no tempo final. Resultado: a torcida ficou tímida e apreensiva, pois o Santos goleara o Flu e passara às finais justamente quando precisou vencer por 3 gols de diferença. Vencer por um gol apenas seria barbada. E pasmem: eles, os santistas, gritaram é campeão em pleno Maracanã. Aquilo foi demais, a ponto de o nosso grande zagueiro, Gonçalves, dirigir-se à torcida alvinegra e cobrar entusiasmo e o voto de confiança no time. Ora, precisávamos apenas de um empate em Sampa. E o Santos não tinha mais Pelé!
Confesso que eu mesmo fui para casa com uma pulguinha atrás da orelha. Mas ela já me acompanhava. Mas aí pensava na capacidade do meu time, na firmeza da zaga com Gottardo e Gonçalves, nos leões Leandro Ávila e Jamir, na raça do Beto, na disposição de Sérgio Manoel, na entrega do Pantera e na fase iluminada do nosso artilheiro Túlio. E acreditava muito em Paulo Autuori. Um desconhecido em busca do 1º título na carreira. Ah, nosso goleiro, Vagner, não inspirava muita confiança, mas o time sim.
Em São Paulo fizemos um jogo que entrou para a história. Foi a maior atuação que eu vi de um goleiro do Bota. E a maior entrega de um time. Não teve esquema tático, sobretudo no 2º tempo. Foi só coração e muito pensamento positivo para tirarmos com os olhos as poucas bolas que passaram por Vagner. Foi um jogo tão dramático quanto o de 89. Eu mesmo não consegui me alimentar no dia desse jogo. Quando Cerdeira apitou o final do jogo, 1x1, e Fogão campeão brasileiro, não me contive e deixei cair as persistentes lágrimas que encharcavam meus olhos ao longo da partida. Gritei, chorei, extravasei e vivi um dos momentos mais felizes da minha vida.
Amigos, alvinegros de coração, lembrem-se de que já ficamos 21 anos sem títulos, e paradoxalmente aumentamos o amor por este clube. O Botafogo nos consome integralmente. Respiramos Botafogo. Sonhamos com o Bota triunfando mundialmente.
O ano agora é 2009. O Bota não tem o melhor time do Rio, pelo contrário, no momento é o de menor fibra. Exibimos um futebol inconstante, alternando atuações dignas das duas zonas principais da competição: O G4 do bem e o G4 do mal. Acho que fizemos uns 10 bons jogos, outros 10 péssimos jogos e uns 15 jogos desinteressados. Campanha incompatível com a grandeza desse clube. Só ganhamos três partidas consecutivas no final, e ainda assim não foram suficientes para nos livrar da ameaça de rebaixamento. O grupo é instável e com jogadores sem alma, mas acima de tudo é BOTAFOGO! E isso por si só já basta, Ah, o homem da foto, aquele malvado, cruel, e temido pelos zagueiros, já abençoou o mais bonito do Brasil. TODOS AO ENGENHÃO AMANHÃ!!!
Quem quiser acompanhar este amigo, estarei na ala Leste a partir das 15h45, em frente à bilheteria, com a camisa do SAUDAÇÕES ALVINEGRAS. Vamos nos encher de júbilo novamente e gritar que somos BO – TA – FO – GOOO!!!!
EU SOU ALVINEGRO DE CORAÇÃO E JAMAIS DESISTIREI!
“E hás de ser, nosso imenso prazer
Tradições, aos milhões tens também,
Tu és o Glorioso, não podes perder, perder pra ninguém...”
Força Sempre Fogão!
O Bota tinha a melhor dupla de ataque do país: Túlio e Donizete. O craque do campeonato jogava no Santos: Geovanni.
O 1º jogo da final foi no Maracanã, numa quinta-feira à noite. Horas antes caiu um dilúvio na cidade e chegou a se pensar no adiamento do jogo. E os mais pessimistas já imaginando que eram coisas que só acontecem ao Botafogo. Só que, neste caso, maus presságios para o Fogão. Que nada! A chuva parou justamente na hora que a bola rolou. E a drenagem do Maraca permitia aos talentosos exibirem sua arte.
A torcida não lotou o estádio, mas os 56 mil pagantes, nas circunstâncias, não foi de todo ruim. O Bota fez 2x1 ainda no 1º tempo. E desperdiçou boa chance de fazer um placar melhor no tempo final. Resultado: a torcida ficou tímida e apreensiva, pois o Santos goleara o Flu e passara às finais justamente quando precisou vencer por 3 gols de diferença. Vencer por um gol apenas seria barbada. E pasmem: eles, os santistas, gritaram é campeão em pleno Maracanã. Aquilo foi demais, a ponto de o nosso grande zagueiro, Gonçalves, dirigir-se à torcida alvinegra e cobrar entusiasmo e o voto de confiança no time. Ora, precisávamos apenas de um empate em Sampa. E o Santos não tinha mais Pelé!
Confesso que eu mesmo fui para casa com uma pulguinha atrás da orelha. Mas ela já me acompanhava. Mas aí pensava na capacidade do meu time, na firmeza da zaga com Gottardo e Gonçalves, nos leões Leandro Ávila e Jamir, na raça do Beto, na disposição de Sérgio Manoel, na entrega do Pantera e na fase iluminada do nosso artilheiro Túlio. E acreditava muito em Paulo Autuori. Um desconhecido em busca do 1º título na carreira. Ah, nosso goleiro, Vagner, não inspirava muita confiança, mas o time sim.
Em São Paulo fizemos um jogo que entrou para a história. Foi a maior atuação que eu vi de um goleiro do Bota. E a maior entrega de um time. Não teve esquema tático, sobretudo no 2º tempo. Foi só coração e muito pensamento positivo para tirarmos com os olhos as poucas bolas que passaram por Vagner. Foi um jogo tão dramático quanto o de 89. Eu mesmo não consegui me alimentar no dia desse jogo. Quando Cerdeira apitou o final do jogo, 1x1, e Fogão campeão brasileiro, não me contive e deixei cair as persistentes lágrimas que encharcavam meus olhos ao longo da partida. Gritei, chorei, extravasei e vivi um dos momentos mais felizes da minha vida.
Amigos, alvinegros de coração, lembrem-se de que já ficamos 21 anos sem títulos, e paradoxalmente aumentamos o amor por este clube. O Botafogo nos consome integralmente. Respiramos Botafogo. Sonhamos com o Bota triunfando mundialmente.
O ano agora é 2009. O Bota não tem o melhor time do Rio, pelo contrário, no momento é o de menor fibra. Exibimos um futebol inconstante, alternando atuações dignas das duas zonas principais da competição: O G4 do bem e o G4 do mal. Acho que fizemos uns 10 bons jogos, outros 10 péssimos jogos e uns 15 jogos desinteressados. Campanha incompatível com a grandeza desse clube. Só ganhamos três partidas consecutivas no final, e ainda assim não foram suficientes para nos livrar da ameaça de rebaixamento. O grupo é instável e com jogadores sem alma, mas acima de tudo é BOTAFOGO! E isso por si só já basta, Ah, o homem da foto, aquele malvado, cruel, e temido pelos zagueiros, já abençoou o mais bonito do Brasil. TODOS AO ENGENHÃO AMANHÃ!!!
Quem quiser acompanhar este amigo, estarei na ala Leste a partir das 15h45, em frente à bilheteria, com a camisa do SAUDAÇÕES ALVINEGRAS. Vamos nos encher de júbilo novamente e gritar que somos BO – TA – FO – GOOO!!!!
EU SOU ALVINEGRO DE CORAÇÃO E JAMAIS DESISTIREI!
“E hás de ser, nosso imenso prazer
Tradições, aos milhões tens também,
Tu és o Glorioso, não podes perder, perder pra ninguém...”
Força Sempre Fogão!