segunda-feira, 11 de maio de 2009

Estréia insossa do Fogão

Olá ilustres alvinegros,

A intenção do técnico Ney Franco era arrancar para liderar o brasileirão desde o início, aproveitando-se da jornada dupla de Palmeiras, Inter, Corinthians, Flu, São Paulo e Cruzeiro, todos envolvidos com as fases mata-mata da Libertadores e da Copa do Brasil. Mas pelo que se viu ontem no ABC paulista os outros é que vão tirar proveito da nossa fragilidade.

Um time que vem jogando desde janeiro jamais poderia cometer a quantidade de erros que o Fogão exibiu ontem. Parecia nosso primeiro jogo em 2009. Uma nulidade em todos os sentidos. Foi o pior primeiro tempo de todo o ano, só compensado pelo esforço coletivo da equipe no tempo final. Conclusões precipitadas ou não:

· Emerson e Lucas Silva não podem ser titulares nem da equipe reserva;
· Túlio Souza é o mesmo do ano passado;
· Eduardo é o mesmo displicente de sempre;
· Fahel só faz número em campo;
· Alessandro é o lateral que não chega ao fundo e não cruza;
· Gabriel chega ao fundo e não cruza;
· Jean Coral é fraco;
· Jean Carioca não existe;
· Diego é velocista e não sabe o que é bola;
· As promessas sentem a pressão e não vingam;
· Ney Franco está perdido na escalação e definição tática do Fogão;

A dúvida: será que Maicosuel e Reinaldo conseguem mascarar isso por muito tempo?!?

O JOGO

Até que demorou para surgir o gol do time da casa. Foi um massacre do Santo André e não fosse Renan o placar do tempo inicial viraria 3x0. Fácil e simples assim. Não precisava entender de futebol para perceber que só um time atacava e criava oportunidades de gol. Tanto pela esquerda, quanto pela direita, os laterais do adversário chegavam como queriam. Com 13 minutos de jogo eles criaram três boas chances, Renan operou milagre em duas, numa delas a bola ainda bateu na trave. Arriscamos um chute perigoso com Thiaguinho, depois era pressão total do time local. Nosso meio de campo não se comunicava, Túlio Souza não sabia sua função, Fahel não marcava ninguém e Eduardo era o lateral que não passava do meio campo, ou era o zagueiro que não marcava ninguém. Alessandro não fez um cruzamento e a defesa jogou todo o 1º tempo exposta. Emerson perdia na arrancada até para o vovô Marcelinho Carioca. Ora, até que tomar o gol só aos 30 foi lucro. Eduardo perdeu a bola na defesa e Nunes pedalou pra cima de Juninho e fuzilou Renan: 1x0 Santo André.

O Bota até poderia ter empatado quando o zagueiro do lado de lá quis retribuir o presente de Eduardo. Ele entregou a bola nos pés de Victor Simões, que dividiu com o goleiro fora da área. A bola sobrou na direita para Lucas Silva, que tentou por cobertura. Neneca dessa vez foi quem fez o milagre de salvar em cima da linha.

Para a nossa sorte o time local não ampliou.
No intervalo Ney Franco, como sempre, procura corrigir as besteiras que faz no 1º tempo. Ele enche o time de zagueiro e a defesa é sempre vazada. O time leva uma surra, mas nunca é goleado. No tempo final, como já está perdendo mesmo, ele arrisca e faz o que deveria fazer quando inicia os jogos: acaba com esse maldito esquema 3-5-2 e põe o time pra cima. Ah, é sempre assim, o Fogão passa a jogar o mínimo que esperamos dele. Acho que só assistirei agora o tempo final do Fogão.

Emerson deu lugar a Jean Coral e Thiaguinho para Gabriel. Não sei até que ponto essas mudanças foram preponderantes, mas o Bota voltou com outra postura. Compacto e incisivo imprensamos o time do ABC, mesmo sem apresentar um grande futebol. Guerreiro ficou mais adiantado, como volante, Gabriel teve liberdade, embora nada fizesse de útil, e Jean Coral encostou em Simões. Era na vontade mesmo. Alessandro achou Jean Coral na área e este sofreu um pênalti cabeludo, mas o safado do Wilson de Souza Mendonça ignorou. Lembram dele naquele jogo com o Inter no Maraca quando teve de sair de camburão da PM?!?

Guerreiro tabelou com Alessandro e cruzou. Victor Simões escorou e a bola bateu no travessão, na trave esquerda e na linha do gol, mas a maldita não entrou. Depois Simões arriscou de novo e Neneca defendeu. Era ataque contra defesa, muito em função também do recuo do time da casa, é pequeno né...

Aos 35 Fahel sofreu falta dura por trás e Cicinho foi expulso. Aí jogamos na intermediária deles. Ney testou o garoto Rodrigo Dantas, muito cru ainda. Na pressão, aos 40’, Eduardo apareceu na esquerda e acertou belo cruzamento na cuca de Victor Simões. Não tinha como perder esse: cabeçada certeira e empate do Fogão. 1x1.

Ainda tentamos a virada, mas faltou qualidade. Um empate que, nas circunstâncias, não pode ser comemorado nem lamentado. O que lamentamos sim foi o pobre futebol apresentado pelo Fogão. Será que cinco dias de atraso de salários já tiraram parte da vontade de vencer?!?

Sabemos que carecemos urgentemente de reforços nas laterais, no meio de campo e no ataque. Esse elenco não briga pela Libertadores. Domingo que vem temos de atropelar o Corinthians no Engenhão. Não sei se o gordo joga, mas é hora de vencer a qualquer preço, sob pena de amargarmos uma sequência no limbo da competição. E sabemos o que isso significa.

Destaques: Renan;
Jogou bem: Guerreiro e Victor Simões;
Garra: Guerreiro;
Comprometeu: a desatenção de todo o time no tempo inicial;
Irritou: Emerson e Fahel;
Desafinou: Eduardo, Jean Coral, Túlio Souza, Fahel e Gabriel;
Ninguém viu: Lucas Silva;

EU ESCALO
Contra o Timão no Engenhão vou para atacar logo no 1º tempo. Então Eu Escalo: Renan, Alessandro, Juninho, Wellington e Thiaguinho; Guerreiro, Léo Silva, Batista e Eduardo, Victor Simões e Jean Coral; ( No banco muita reza para todos os santos)

“Tu és o Glorioso, não podes perder, perder pra ninguém...”

Força Sempre Fogão!
Saudações Alvinegras

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