segunda-feira, 25 de maio de 2009

Fogão não resiste no Sul

Olá amigos alvinegros,

O Fogão está a 4 pontos da Libertadores e a 7 pontos do líder. Estaria muito satisfeito se estivéssemos na reta final do brasileirão, faltando uns 5 ou 7 jogos. Mas é só o início, três jogos, e Fogão na zona de rebaixamento. Números, simplesmente números, mas que já refletem nossa realidade. Sem essa de ser profeta do apocalipse agora, é cedo demais e o time vai se encontrar, mas o sinal amarelo está aceso desde a estreia.

Ontem o máximo que conseguiríamos era conter um pouco mais o Grêmio. Falta poder de decisão ao ataque. O meio de campo não cria e a defesa hesita. O que mais pode faltar?!?

Listo alguns comentários preocupantes acerca do nosso Fogão:

· Ney Franco disse que o time jogou bem, os atletas se entregaram, o time buscou a vitória e se mostrou disciplinado. Ele afirmou ainda que utilizou todos os recursos de que possuía, como abrir o time para encostar no ataque. Ora, se isso é jogar bem e se nossos recursos são somente aqueles..., socorro! Segundona à vista!

· Eduardo, ontem, foi zagueiro, ala esquerda e meia de ligação. Aliás, ele deve ter sido mais alguma coisa. Ora, a partir do momento em que o indisciplinado e renegado boêmio jogador passa a exercer tantas funções e o time não rende, é sinal de que tem muita coisa errada no Fogão. Eduardo só falta ser testado no gol e de centroavante. Reconheço que ele até melhorou bastante, mas daí a depender de seus lampejos é dose;

· Ney Franco tumultua a organização tática do Bota. Em nenhum momento neste ano iniciamos e terminamos um jogo com a mesma formação tática. Ou falta obediência ao esquema ou este simplesmente nunca foi assimilado pelo grupo. 3-5-2 só funciona quando se possui bons zagueiros e bons alas, além de um cérebro no meio de campo. Temos acéfalos no meio de campo e zagueiros fracos, incluindo aí o irmão do Renato Silva (Wellington), o artilheiro dos gols contra (Emerson) e o lento Juninho, que perde na corrida até para o peso-pesado Ronaldo. Por que Ney não simplifica? Pelo amor de Deus, ontem ele terminou com quatro atacantes e o Bota não era ofensivo. Lógico, quem municiava o ataque? Victor Simões?!? Tá de brincadeira né...

· 4-4-2. Simples assim, mas é o esquema ideal para nossas limitações. Renan, Alessandro, Juninho, Teco e Gabriel (Thiaguinho ou Eduardo); Guerreiro, Léo Silva, Lúcio Flávio e Eduardo (ou Thiaguinho ou Rodrigo Dantas); Reinaldo e Victor Simões. Não é jogando no 4-4-2 que o Bota sempre rende mais? Porque esperar o caldo entornar primeiro se eu posso temperar melhor desde o início?!?

Acredito no profissionalismo e no empenho dos atletas e diretoria em tirar o Fogão dessa. E temos de apoiar no sábado, pois vencer o Sport agora é a nossa luz num túnel que se amplia a cada rodada.

Lúcio Flávio deve retornar nesta semana. Reinaldo volta de contusão e talvez Teco já seja acionado. Melhora bastante, mas ainda continuaremos bem limitados, sorte é que não estamos sozinhos nessas limitações. Temos ao menos umas 10 equipes do nosso nível, e as outras não são tão melhores assim. Então minha esperança jamais reduzirá, ora, sou alvinegro e nunca desistirei!

O JOGO

Esperava um jogo truncado e de poucos recursos técnicos, sobretudo do meu time. Túlio Souza e Rodrigo Dantas no meio era tragédia anunciada. O primeiro porque já o conhecemos bem e o segundo porque foi lançado agora das categorias de base e tem o peso de substituir Maicosuel, craque do campeonato carioca. Se o garoto é de fato bom de bola como dizem, mais um motivo Ney tinha para lapidar a promessa. O garoto tá chamuscado e se insistir agora queima de vez, e será mais um ex-futuro craque que não vinga da base do Fogão.

Sem criatividade no meio, com Alessandro sem ritmo (em forma já é dose) e com um ataque cardíaco, gol alvinegro só se fosse contra. À exceção de uma falta cobrada por Juninho, o goleiro Victor sairia para o intervalo sem tocar na bola. O Grêmio, por sua vez, também não mete tanto medo, pois lá estão Rafael Marques, Rui e Túlio. Mas é um time mais aguerrido e com mais qualidade. Era só encaixar uma jogada e um gol já selaria a vitória mesmo se fosse no início do jogo. Essa era a leitura de qualquer alvinegro que colocasse a razão em detrimento da paixão.

Gabriel irritava pela incapacidade de chegar ao fundo e pela marcação frouxa; Alessandro irritava pela lentidão e displicência nos passes; Fahel porque é horrível mesmo e acha um espaço no campo em que fica invisível; Túlio Souza porque é limitadíssimo e acha que joga bola; Rodrigo Dantas enxergava a bola como se fosse brasa; Victor Simões até se deslocava, mas ele é a maior vítima desse ataque que não recebe bola redonda; Tony até se movimenta bastante, mas ainda procura algo chamado objetividade, não acerta nada;

Sei que, com esse elenco, não é fácil para o treinador achar o tom. Como frisei na primeira crônica do brasileirão, até quando Maicosuel e Reinaldo mascarariam nossas limitações?!? Parece que as dúvidas forma respondidas com três jogos apenas. Maicosuel ligava o meio ao ataque com rapidez, habilidade e ainda se apresentava. Reinaldo, mesmo sem ser imprescindível, era o complemento perfeito de um trio que encantou. Mas o cara foi embora. Sim, Maicosuel era meio time sim. Foi negociado a preço de banana. Lá na Europa, 4,5 milhões de euros é preço de cabeça-de-bagre, mas a diretoria não tem culpa, ou contratamos assim ou aturamos Túlio Souza e Lucas Silva e por aí vai.

Ney se perde em meio a tanta mediocridade. Ontem pôs em campo no tempo final quatro atacantes, dentre eles Jean Coral e Diego. Recuou Vitor Simões para organizar e avançou Eduardo. Não é fácil treinar o Bota hoje, mas se meu time tem tantas limitações, então vamos simplificar Ney: 4-4-2 já;

Nossa única jogada de perigo era cobrança de falta por Juninho. E pasmem, jogo 0x0, falta perigosa, Juninho já havia carimbado a trave de Victor eis que de repente Túlio Souza se apresenta, ainda pensei que ele fosse rolar para o Juninho, mas não, ele parte e pimba, um peteleco que sai perto da bandeira de corner. Até os locutores da Globo se irritaram com ele. E eu quase quebrei a TV. Proferi todos os nomes feios possíveis para Túlio Souza, aquele que fez seu único gol com a gloriosa camisa alvinegra e mandou uma banana para a torcida. Fora Túlio Souza já!!!

Guerreiro entregou o ouro ontem ao rebater a bola nos pés de Jonas. A abertura do placar pelos gaúchos nos dava a certeza de que fora selada nossa derrota, tendo em vista a incapacidade ofensiva do Bota. E não deu outra. Ainda levamos o 2º numa jogada que parecia treino coletivo, aliás, para o Grêmio era, pois eles jogam as semifinais da Libertadores na próxima quarta-feira. Triste mesmo é que para nós o jogo era de vida ou morte. E até agora não sabemos o que é vida neste campeonato.

Sábado é no Engenhão, contra o Sport, que vem tomando pancada de todo mundo. É hora de bater também Fogão, nossa torcida não merece tanta dor.

Arbitro: Sálvio Spínola nem foi notado em campo, então fez ótima arbitragem;

Nei Franco:
está queimando o garoto Rodrigo Dantas. Promessa tem de ser lapidada. Jogou todo o peso nas costas do menino e deu no que deu, ele sentiu e se omitiu. Abaixo o 3-5-2. Chega de Túlio Souza, Fahel, Diego e Jean Coral. Venha logo de 4-4-2 e simplifica a coisa definindo um esquema para 90 minutos;

Destaques: você destaca alguém?!?;
Jogou bem: Castillo e Eduardo;
Garra: Guerreiro;
Comprometeu: o 3-5-2;
Irritou: Alessandro, Fahel e Túlio Souza;
Desafinou: Jean Coral, Túlio Souza, Fahel, Tony, Victor Simões, Gabriel e Rodrigo Dantas;
Ninguém viu: Diego e Jean Coral;

EU ESCALO

Já é dramática nossa situação. É vencer até mesmo de meio a zero o Sport, sábado, às 18h30, no Engenhão. Então Eu Escalo: Renan, Alessandro, Juninho, Teco e Thiaguinho; Guerreiro, Léo Silva, Eduardo e Lúcio Flávio (Batista); Victor Simões e Reinaldo;

“Tu és o Glorioso, não podes perder, perder pra ninguém...”

Força Sempre Fogão!

Saudações Alvinegras

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