domingo, 24 de outubro de 2010

GOLAÇO DE FALTA DE CORDEIRO PÕE FOGÃO NA BRIGA PELO TÍTULO

FOGÃO 1X0 VITÓRIA – BRASILEIRÃO 2010 – 31º JOGO – ENGENHÃO

Olá Aliviados Alvinegros,

Ufa! Esconjuro pé-de-pato, mangalô três vezes, sai pra lá com essa inhaca... Chega! A uruca acabou e finalmente iniciamos a arrancada final. No que vai dá não sabemos, não quero luxo, nem lixo, quero sorrir no final, como diz Rita Lee.

Sabemos que dá e depende de nós. Mas tem de avisar pro Joel pra ele colaborar um pouco com os nossos combalidos corações. Colocar Fahel em campo faltando 10 minutos, com placar de 1x0 é para enfartar sim. Graças a Deus sobrevivemos, mas até quando?

E que gostoso terminar a rodada na Libertadores. E a apenas 6 pontos do líder. E digo mais, olhei agora a tabela dos adversários à frente do Bota e todos se pegam nas próximas 3 rodadas. É a chance do Glorioso sonhar e buscar um algo mais. Ainda temos 7 decisões e precisamos ao menos de mais 5 vitórias para garantir a Libertadores, mas com 6 vitórias é TÍTULO. Enfrentaremos 5 adversários que lutam para não cair, isso não é lá muita vantagem, haja vista que no ano passado nós éramos um desses adversários e infelizmente, ajudamos o urubu. O consolo é que não caímos. Mas veja amigo botafoguense, de repente, do nada, nos vemos em condições de brigar pelo caneco na reta final do campeonato. SERÁ?

O problema é que os desfalques são em lote mesmo, a bruxa da vez foi Cordeiro, que vinha dando consistência ao lado esquerdo e fez um golaço ontem. Distensão e pelo menos 15 dias fora, ou 3 jogos, assim como A. Carlos. Vamos orar então galera!

O JOGO

Os 13 mil presentes ao mais bonito do Brasil dessa vez saíram do estádio com um sentimento de alívio. Mas ainda era visível o andar reticente, descompassado, denotando a pressão emocional que foi suportar o dramático final de jogo. Esse Bota ainda mata um do coração.

O Fogão partiu pra cima do Vitória em busca daquilo que dá nome ao adversário: VITÓRIA! E isso valia vaga no G4, ou nos aproximaria do G3, única certeza da vaga. E logo percebemos que seria dramático. O Bota ficava a mercê, mais uma vez, da criatividade de L. Flávio, é mais do mesmo falar dele. O cérebro do meio de campo que se omite, ocupa a zona invisível do campo e anula nosso ataque. E o que mais nos irrita é que o cara sabe dar um passe, fazer um lançamento e cobrar uma falta. POR QUÊ L. FLÁVIO? Pra mim nem Freud explica. Quando o estádio inteiro o vaiava ele deu um passe com açúcar para Jobson fechar o caixão. E saiu outra vez vaiado e aplaudido, dividindo opiniões. Se ele jogar o que sabe só 20 minutos por jogo, o Fogão nos fará sorrir no final.

Enfim, o Bota hesitava no tempo inicial, criava pouco e em chutes de longa distância de M. Mattos ameaçou. Na verdade, o Bota dominava e cedia espaços bem aproveitados pelos baianos, e eles sim eram perigosos, e Jefferson fez duas ótimas intervenções, mas deu rebote, e por milagre não sofremos o gol. Os baianos paravam Jobson na botinada mesmo, e sua defesa foi toda amarelada no tempo inicial, e as faltas na entrada da área eram uma constante, a ponto de fazer o torcedor lembrar-se de Juninho. Com ele em campo ontem eram dois tentos garantidos. Mas o fato é que L. Flávio não estava inspirado nem para isso, e coube a Cordeiro mostrar como se faz o torcedor se apaixonar: Cobrança de falta que parecia com as mãos, bola acordando a coruja molhada no mais moderno do Brasil. 1x0 Fogão.

Pra cima deles, Glorioso
Quero te ver campeão outra vez
A gente não vai mais parar
de cantaaar,
 de vibraaar,
de torcer
Ôooo, ôooo, ôooo BOTAFOGO!"

Sabíamos que esse gol era fundamental para o objetivo final, mas tudo o que não queríamos era sentar no placar. E sentamos. Meu amigo, se tivesse aquele medidor de batimentos cardíacos no Engenhão..., pode crer que estouraria, tamanha a tensão vivida por cada sofredor que sorriu no final ontem. Fazer o quê, a gente gosta né...

Tivemos a bola do jogo em chances claras pelos menos três vezes. Em duas delas o garçom foi Alessandro. O cara deixou L. Flávio na cara do gol, ele se enrolou e a bola sobrou para M. Mattos conseguir errar o gol da marca do pênalti. Incrédulos ficamos por alguns minutos. Depois outra vez o cabeção, agora deixou Somália em condições de definir, mas ele escorregou e atrasou pro goleiro. E por fim, o perseguido L. Flávio disse para Jobson e todo o Engenhão que o vaiava: FAZ! E Jobson conseguiu perder um gol incrível.

Os pessimistas acreditavam no pior, e os otimistas, como este inveterado alvinegro, rezavam pelo apito final. Mas em nenhum momento pedi por Fahel, e junto com os 13 mil alvinegros no Engenhão, também gritei FAHEL NÃO! Mas Joel estava surdo, pior de tudo foi ele sacar nosso único homem de contragolpe, que mesmo em péssima noite, era quem incomodava a defesa baiana. Pois bem, Fahel entrou e passamos 10 minutos roendo as unhas, ou os sabugos. Me esgoelava para pararem o jogo no meio de campo e não na entrada da nossa área, mas ninguém me ouvia, e tome falta na meia lua. E desespero na arquibancada. Por sorte, os caras descalibraram. E o irritante gaúcho Mário Chagas Silva decretou fim de papo e a 11ª vitória alvinegra.

Com certeza, jogamos com um peso de 500 kg nas costas. E isso foi preponderante para não liquidarmos o jogo em três chances incríveis. Mas que venha agora a bonança. O Fogão, mais leve, poderá bater sim os desesperados mineiros contra o descenso. E nós, no Engenhão, tendo apoio incondicional nos 90 minutos, poderemos sim fazer a diferença. Pra cima do Galo Fogão!

“BOTAFOGO: SUA TORCIDA É UMA FORTALEZA E JAMAIS SE RENDERÁ”

Joel Santana: fala sério em Joel!?! Insistir com o “Cinderela” por um tempo e meio é dose né! Já te avisei, um tempo para cada um, ele e o Cajá. Experimenta! Que vacilo também no final ao sacar Jobson e pôr Fahel. Se era para colocar o cabeça de bagre, por que não tirou Abreu que era um poste ontem? E outra, o Edno era para entrar pra jogar na esquerda, mas insistia em cair pelo meio, e ninguém falava nada. Vamos encaixar as peças e jogar um xadrez, precisamos do xeque-mate no final;
                                                                                        
Destaques: Cordeiro;
Jogou bem: Jefferson, M. Rosário, Guerreiro, Alessandro, M. Mattos,;
Garra: Somália;
Comprometeu: ...;
Irritou: a falta de pontaria de Jobson e o juiz;
Desafinou: L. Flávio e Edno...;
Ninguém viu: L. Flávio e El Loco;

EU ESCALO

Sábado, 18h30, em MG, é hora de cozinhar o Galo, como sempre fizemos. Eu Escalo: Jefferson, Danny Morais, M. Rozário e Guerreiro; Alessandro, M. Mattos, Somália, Renato Cajá e Edno; Jobson e El Loco;

“Tu és o Glorioso, não podes perder, perder pra ninguém...”

Força Sempre Fogão!

Saudações Alvinegras

Um comentário:

  1. Foi um golaço que nem acreditei na hora. Fui comemorar cinco minutos depois.

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