domingo, 28 de junho de 2009

LUTO NO FUTEBOL ALVINEGRO



BOTAFOGO 1X4 GOIÁS

Botafoguenses de Coração,

O sentimento de quem esteve ontem o Engenhão foi de impotência. Fomos contaminados pelo mesmo vírus da apatia que assolou todo o time alvinegro.

CONFORMIDADE

E o pior sentimento possível é o de conformidade. Sim, somos o reflexo do que vemos em campo. E essa correlação time x torcida, no momento, é o retrato do que sente o torcedor apaixonado quando está diante de tamanha falta de respeito por esta centenária instituição. O BOTAFOGO não merece um time que não honre suas tradições, sobretudo uma equipe sem brios, que se conforma e se entrega às primeiras adversidades, com a agravante de que sabem o que deve ser feito, e não o fazem. Isso, para nós torcedores, é imperdoável. Talvez sejamos a torcida carioca mais parcimoniosa, e com apenas 8 rodadas de uma competição que tem 38 jogos, já nos vimos como virtuais rebaixados para a segundona 2009. Sim, pois o problema não é tão somente a falta de qualidade, e sim, a falta de responsabilidade. E, como sempre, quem sofre somos nós, sobretudo o torcedor mirim, esse não entende ainda o porquê de tanto sofrimento, uma agonia que parece sem fim para quem ainda está no início de um namoro para quem sabe um dia, amar eternamente o Botafogo.

“ TIRE O SEU SORRISO DO CAMINHO, QUE EU QUERO PASSAR COM A MINHA DOR...”

O fragmento da música de Nelson Cavaquinho é perfeita para ilustrar o sentimento do torcedor na tarde-noite de ontem no Engenhão. Se momentos antes do jogo éramos apenas sorrisos e alegria ao festejarmos o time de homens que honrou nosso manto em 89 e nos fez ressurgir das cinzas, com a bola rolando sobrou apenas a dor. Mas a dor é só do torcedor, pois no final do mês o cascalho estará depositado rigorosamente em dia na conta de cada um desses incompetentes que vem nos envergonhando há seis meses.

Tudo bem que já estamos acostumados à dor, ela sempre esteve conosco e por muitas vezes foi o prenúncio de intensas comemorações. Mas dor a que me refiro nesse momento é maior, pois nada a difere do que sentimos em 2004. E naquele ano ocorreu um milagre na última rodada, e agora estamos brincando de novo com a sorte, e ela invariavelmente vem brigando conosco.

FUTURO SOMBRIO

Quem esteve ontem no mais moderno do Brasil passou o jogo inteiro vislumbrando uma luz no fim do túnel. Em meio à celeuma que tomou conta das arquibancadas, sobretudo na Leste Inferior, onde se concentra a massa alvinegra, as opiniões divergiam, mas quase todos concordavam que nosso sistema defensivo é fraquíssimo. Juninho não pode ser zagueiro, é lento, sem impulso e sem tempo de bola. Emerson não merece comentário. Alessandro é lateral que não vai ao fundo. E no momento também não marca. Eduardo até vinha surpreendendo, mas ontem foi mais do mesmo. O problema era quando sugeríamos as mudanças e olhávamos para o banco. Muito triste pensar positivamente no futuro alvinegro nesse momento.

Ney sacou Juninho e pôs Guerreiro na zaga. Guerreiro falhou em dois gols do Goiás, talvez influenciado pelos companheiros. Juninho falhou no primeiro gol. E Léo Silva e Renan no 2º gol. Tivemos mais quatro falhas e todas resultaram em gol. Emerson prometeu que jamais o time voltaria a errar tanto como na Bahia, e erramos de novo, em pleno Engenhão, e tomamos mais 4 pepinos. E só não foi maior porque o Goiás respeitou a instituição Botafogo, como bem observaram o amigo Flavio e minha esposa Vanessa.

Nosso meio de campo foi uma cratera só, um zero à esquerda em termos ofensivo. Lúcio Flávio talvez seja o símbolo desse time: falta tesão! LF não ligou o meio ao ataque, não bateu falta e mal tocou na bola. Continua se fantasiando de homem invisível, e a torcida não o agüenta mais. Laio correu, esforçou-se e só. Muito pouco para ser titular de uma camisa alvinegra. Ney voltou com Fahel, para nosso desespero.

Não houve consenso em relação ao que deve ser feito. Trocar todo o time é impossível, então sempre sobra para o treinador. Mas quem vai assumir o Bota terá esse elenco à disposição, e não se faz omelete sem ovos. Então a diretoria tem de se mexer agora, pois esperar as últimas rodadas poderá ser fatal.

Que os gritos do fundo da alma dos quase 7 mil abnegados que compareceram ao Engenhão ecoem na mente da nossa diretoria e que haja comprometimento e respeito ao torcedor. Eles não são os donos do clube, a instituição BOTAFOGO é do seu torcedor.

E A TORCIDA EXTRAVAZOU

Após o 4º gol do Goiás a torcida virou as costas para o vexame em campo e, em uníssono, cantou o hino. O Botafogo, para nós, não esteve em campo ontem.

"Vergonha! Vergonha! Time sem vergonha! Ôoooo oooo... fora, Ney Franco! Frangueiro! Frangueiro! Lucio Flavio, vai se f... o Botafogo não precisa de você! Ôoooo... Zé Roberto é o c...! Ôoooo... queremos jogador! Que saudade enorme, que eu sinto de 89! Ei, (nome de vários jogadores) vai tomar no...!" (Sic)

Concordando ou não, o fato é que ninguém agüenta mais. E sinceramente, não quero me conformar mais, como ontem me conformei.

“Na estrada dos louros, num facho de luz, tua estrela solitária te conduz...”

Força Sempre Fogão!

Saudações Alvinegras

segunda-feira, 22 de junho de 2009

http://botafogo1989.wordpress.com/ - 20 anos de um título histórico

Alvinegros de Coração,

O link abaixo nos remete ao momento mais importante da história alvinegra nos últimos 40 anos: o dia 21 de junho de 1989. Um momento de glória, êxtase e singular de um dos clubes mais populares do Brasil, que mais cedeu jogadores à Seleção Brasileira, que fabricou Garrincha e Nilton Santos, craques eternos e um dos maiores clubes do século, segundo ranking da Fifa: o Botafogo de Futebol e Regatas.

Parabenizo Eduardo Zobaran pela excepcional idéia da criação do blog http://botafogo1989.wordpress.com//, que homenageia esse momento histórico, bem como os textos simplesmente emocionantes e por que não dizer geniais desses blogueiros que têm acima de tudo o Botafogo no coração. Parabéns a todos pelo orgulho que temos ao afirmar: Sou Botafogo, com muito orgulho, com muito amor!

domingo, 21 de junho de 2009

FOGÃO REAGE, MAS ENTREGA O OURO NO FIM

VITÓRIA 4X3 BOTAFOGO

O Fogão dominou o todo o 2 º tempo, empatou o jogo, poderia ter virado o marcador, sofreu o 4º gol no último minuto, numa falha bisonha de Renan, e ainda assim não jogou bem.

Uma defesa que tem Emerson jamais será confiável. Some-se a isso a lentidão do Juninho e as falhas individuais do Renan e está explicado o insucesso na Bahia. O meio ainda apresenta problemas, pois somente Batista apareceu para o jogo. E o ataque até que surpreendeu, pois foi muito boa a movimentação de Laio e Simões.

Lúcio Flávio continua omisso, aliás, foi ele quem perdeu a bola no 1º gol baiano. E o pior: ele continua se expressando muito bem ao explicar o que acontece com o time, e isso muito me irrita, pois se sabe e não consegue corrigir, a culpa é de quem? Ah Lúcio Flávio, no sábado clamei por uma alteração no meio de campo, e ela incluía justamente você, o homem de ligação do meio com o ataque deveria ser você, e não o Batista, que foi muito voluntarioso e guerreiro, coisa que você nunca conseguiu ser. Não consigo me lembrar de um gol do LF de cabeça, ainda mais de ‘peixinho’, pois são jogadas para quem tem raça, fibra e coragem de botar a cabeça no lugar certo, na hora certa e você só é bom de cuca nos microfones, após o jogo, para explicar nossos insucessos. São sempre comentários coerentes e apresentações contraditórias em campo. Com você em campo continuamos lentos e acéfalos na zona de criação, e o pior é que você nem sangue doa nos 90 minutos, pois só consigo vê-lo em campo quando corre lentamente para cobrar escanteios e faltas nas laterais do campo. Você continua uma ‘nulidade’ como jogador de futebol.

Disseram que as alterações do Ney Franco levaram o Fogão a pressionar o Vitória no 2º tempo. Discordo! Alguém atentou para a limitação do time baiano? Socorro, Êta time ruim esse da terrinha! Pois bem, eles fizeram 3 gols em 4 chances no tempo inicial, todas proporcionadas pela apatia do nosso meio de campo, e pela atuação desastrosa de Juninho, Emerson e Renan. Gols praticamente dados. Não obstante nossa reação, era jogo com caixão fechado, e eles permitiram nossa reação e chegaram a ressuscitar o defunto, mas quando o Fogão quer perder ninguém consegues nos dissuadir, pelo menos nisso, somos imbatíveis.

O recuo do Vitória fez com que jogássemos no campo adversário por 45 minutos. Conseguimos o empate e tivemos oportunidade de fazer outros gols, mas fomos incompetentes, temos de reconhecer. Bem como enxergamos também que o time lutou, mas era o dia em que o Futebol premia os competentes, ou seja, quem é objetivo, quem põe bola na rede, e quem foi profícuo, nesse sentido, foi o nosso adversário.

Nei Franco: manteve o esquema de jogo e foi prejudicado pelos erros individuais de Emerson, Juninho e Renan. Mas, pelo menos do Émerson ele não pode reclamar, pois sabemos da sua capacidade de decisão, todas em prol do inimigo. Talvez sua grande sacada tenha sido não achar que a volta de Fahel resolveria. Então ponto para ele. Ainda acho que deveria ter mudado o meio de campo para que este fosse mais incisivo no tempo final. E o garoto Laio estava bem no jogo, por que não tirou o Lúcio Flávio? Ele estava mortinho em campo e ficou até o fim. Thiaguinho daria outra dinâmica ao setor;

Destaques: Batista;
Jogou bem: Laio, Eduardo e Simões (um lance sem impedimento= 1 gol);
Garra: Guerreiro;
Comprometeu: Renan, Emerson e Juninho;
Irritou: Renan e Emerson;
Desafinou: L. Flávio e Juninho;
Ninguém viu: Lúcio Flávio e Léo Silva;

EU ESCALO
Tomara que o tal do Michael tenha condições de jogo e Ney o escale no meio de campo, no sábado, às 18h30, no Engenhão, contra o Goiás. Ah, a torcida do Fogão tem de comparecer, pois haverá um jogo comemorativo com os craques de 89 em campo. Te encontro lá, às 16h30. Será Imperdível! Eu Escalo: Castillo, Thiaguinho, Juninho, Wellington e Eduardo; Guerreiro, Batista, Lúcio Flávio e Michael; Victor Simões e Laio;

“Tu és o Glorioso, não podes perder, perder pra ninguém...”


Força Sempre Fogão!

Saudações Alvinegras

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Há 20 anos o Fogão renascia...


1989 – A REDENÇÃO DA NAÇÃO BOTAFOGUENSE

Era apenas mais um ano, mais um mês, mas um dia comum para muita gente, mas para todos os botafoguenses era o dia das suas vidas. Dia 21 de junho de 1989, dia do 2º jogo da final do campeonato estadual, dia em que somente uma equipe poderia ser campeã. Era dia de Botafogo! 21 anos sem qualquer título, era agora ou nunca!

1968, ano do bicampeonato carioca conquistado pela geração de ouro do Fogão, ano em que eu nasci, e esse era o último caneco alvinegro. 21 anos, era a minha idade, o mesmo tempo em que o Fogão não conquistava um título. E estava a apenas 90 minutos de mudar definitivamente nossas vidas... Só queria gritar para todo o mundo ouvir: O Botafogo é campeão!!!

Após anos e anos de frustrações e lamentações, finalmente o sonho nunca esteve tão próximo de realizar-se. A última derrota do Fogão fora no campeonato carioca anterior, 3x0 para o Vasco, jogo que ficou marcado pelas lágrimas da gandula Sonja, alvinegra de apenas 11 anos que exigiu um basta naquele jogo. E embarcamos no seu pleito, e os jogadores também.

Emil Pinheiro, nosso “mandachuva”, trouxe Mauro Galvão, Gottardo, Criciúma e Maurício para pôr fim ao incômodo jejum. O time foi encorpando, Valdir Espinosa passando confiança e os jogadores passaram a acreditar no placar eletrônico do Maracanã piscando: Botafogo – Campeão Estadual de 1989. A impressão que se tinha era que naquele ano seria na marra e estávamos todos dispostos a dar um ponto final na agonia. E o resultado disso era notório nos estádios: todos lotados em jogos do Fogão.

Havia uma nuvem negra que não nos permitia vencer os clássicos, mas também não perdíamos. O fato é que isso também nos incomodava, afinal já eram três anos sem vitória num clássico. O Fogão seguia invicto, mas os empates nos clássicos nos atrapalhavam, e já nos impedira de ter vencido a taça GB. Ainda assim chegamos ao final do 2º turno com a taça Rio nas mãos. Bastava vencer o Bangu e passaporte garantido na final. Sábado à tarde, quase 50 mil botafoguenses no Maracanã e frustração total: 0x0. Foi um jogo tenso e o peso dos 20 anos travaram o Fogão. A sensação de quem foi ao estádio era de que nunca seríamos campeões. Ah, ainda restava uma esperança: o Fla perder para o Vasco. Justo o Vasco, o pior dos grandes naquele ano. O jogo seria no domingo, então preparamos nossa mandinga e orações para que a praga acometesse o time dos urubus. Mas desgraça para botafoguense é infinita. No domingo caiu um dilúvio na cidade e o jogo foi adiado para segunda-feira à noite. Os mais otimistas entenderam que os Deuses estavam conosco, os mais pessimistas diziam que a música de Tom e Vinícius “tristeza não tem fim, felicidade sim...” fora composta para nós alvinegros.

O tempo continuou chuvoso na segunda-feira, mas a bola rolou assim mesmo. O Vasco jogou pelo campeonato todo, e pelo Fogão também. Mas gol só no tempo final. Cocada sofreu pênalti e Dinamite converteu. Comecei a acreditar no sonho. Aos 39, porém, Paulo Roberto deu mole e Bebeto empatou. Era o suficiente para adiar nosso sonho. Mas aí o imponderável surgiu. O mesmo Paulo Roberto, na saída de bola, arriscou de longe e Zé Carlos aceitou: 2x1 Vasco, aos 40 do 2º tempo. E acabou assim. Fogão campeão da taça Rio, numa segunda-feira à noite, chuvosa, e a torcida soltando metade do grito da garganta: É campeão! Mas logo vinha à mente que teríamos o Fla pela frente, e com um timaço. Mas nos últimos 20 anos nem na final chegávamos, e agora tínhamos de fato uma possibilidade de ser campeões.

O regulamento dizia que a equipe que somasse mais pontos em toda a competição teria a vantagem de um ponto numa melhor de três. Nessa época cada vitória valia 2 pontos e o empate 1 ponto. Ou seja, quem conquistasse três pontos primeiro seria o campeão. Na lógica, o Fogão jogava por três empates ou uma vitória e um empate. No 1º jogo, num domingo à tarde deu 0x0. Jogo truncado, quase sem chances de gol.

DIA 21 DE JUNHO DE 1989 – A RESSURREIÇÃO ALVINEGRA

Vivi os três dias mais longos da minha vida no intervalo de domingo até quarta-feira, dia 21 de junho. Eram noites mal dormidas, e por mais que eu quisesse me desligar um pouco do dia D, a todo o momento ecoavam em minha mente os gritos de É Campeão! Incrível como meus olhos lacrimejavam a cada instante que imaginava a taça de campeão estadual sendo erguida pelo Mauro Galvão. E foi assim o dia inteiro. Acreditava que a decisão de fato ocorreria no 3º jogo, e até imaginava o Fogão campeão com três empates, ora, eu queria mesmo era ser campeão. O jogo passou ao vivo na TV manchete e na Globo. Nessa época romântica ainda era comum, pelo menos pra mim, ver o jogo ouvindo o Garotinho, na rádio Globo. Era olho na tela e ouvido no radinho, era muito mais dinâmico e emocionante. Quando o Fogão entrou em campo e vi aquela festa toda de uma torcida louca e ávida por um título, permiti rolarem as primeiras lágrimas. Quando ouvia, nas entrevistas, a lucidez e frieza do Carlos Alberto, a determinação de Luizinho, a segurança de Galvão e Gottardo minha confiança aumentava e minha vontade era partir para o Maracanã naquele momento, mas os 25 km de distância não mais permitiam, então era torcer e rezar para que Garrincha e todos os Santos iluminassem o Fogão.

Finalmente a bola rolou. Eu tremia igual a vara verde. Eram calafrios, suadouro nos pés e mãos e coração a mil por hora. O Fla era treinado por Telê Santana, o melhor técnico da época. O Bota tinha em Valdir Espinosa o responsável pelo resgate da autoconfiança, do time, do clube e de cada torcedor. Não chutamos uma bola sequer a gol no tempo inicial. Também não importava, nosso forte era a defesa, a menos vazada do campeonato. No popular, não passava uma agulhinha sequer, era esse o sentimento. A cada ataque do urubu, com Zico, Bebeto, Zinho e Cia, era um Deus nos acuda. Bebeto acertou uma cabeçada no ângulo, era gol certo, mas Ricardo Cruz operou milagre e tirou com as unhas. Ufa! Como rezei para que acabasse logo o 1º tempo. Impressionante mesmo como toda a torcida tinha a mesma sensação. Sim, pois virar o tempo inicial com um 0x0 nos dava uma grande vantagem psicológica, pois quanto mais tempo de empate mais perto do título estaríamos. A verdade é que o nosso time ainda estava travado demais, eram 20 anos em 90 minutos, e naquele momento em apenas 45. Voltamos para o tempo final sem alterações. Eles também.

Bola rolando e a pressão seria deles, mas nem tanto. Nossa torcida começou a empurrar e o grito de Fogo ecoava no sagrado Maracanã. A temperatura de 21 graus passou a nos dizer algo, pois 21 era nosso tempo de fila. Zico teve uma chance de ouro: falta na entrada da área, bem ao seu estilo. Tensão total no maior do mundo: Zico, a barreira e o gol. Ufa, tiramos com os olhos essa falta do Galinho. 12 minutos, Luisinho recebe no meio e lança Mazolinha, que vai ao fundo e cruza. Nesse momento Maurício e Leonardo estão no lance, e o toque sutil de Maurício em Leonardo significava o fim de 20 anos de sofrimento de uma torcida. “Sai da frente que esse é o gol do título!” Bradou Maurício. Quando vi a bola entrar e tive a certeza de que era gol legal do Fogão gritei, pulei que nem pipoca e chorei feito criança. Era um turbilhão de sentimentos num só momento e queria que tudo acabasse ali.

Seria o fim da agonia? Mas logo me dei conta de que ainda faltavam 33 minutos. Meu Deus, isso é uma eternidade, e lembrei também de que do lado de lá Bebeto poderia decidir. E tome pressão. E mais pressão. Gottardo, Galvão, Josimar, Luisinho e Carlos Alberto eram gigantes, onipresentes. A cada ataque do urubu eu gritava socorro, pois era um estrago no penteado alvinegro. 40 minutos, o grito preso na garganta por 20 anos quer sair, mas o Fogão não faz o 2º gol, e tome sofrimento. Eu de frente pra TV, chutando tudo, tirando como dava, aliás, eram milhões de alvinegros em todo o Brasil que chutavam pro mato porque o jogo era de campeonato. A torcida não resistiu e começou a gritar É campeão! Isso aumentava minha angústia, pois somos como as tragédias gregas, mas naquela noite o grand finale já estava escrito e sacramentado. 45’, Valter Senra, o Bianca, olhou para o céu e nos contemplou: BOTAFOGO CAMPEÃO CARIOCA INVICTO DE 1989!

Pulava, chorava, abraçava irmãos, amigos, e queria que aquilo não fosse mais um sonho. E eles confirmavam que o Botafogo era campeão. E eu, cheio de júbilo, pedia para repetir, por favor, novamente, o que você disse? “O Botafogo é o campeão carioca de 89, e invicto!”

“Esse é o Botafogo que eu gosto, esse é o Botafogo que eu conheço, tanto tempo esperando esse momento, deixa eu festejar que eu mereço”. Beth Carvalho compôs com inspiração de quem tem alma preta e branca. O Botafogo é orgulho, paixão, irresponsabilidade. É ego, id e superego. É razão e emoção. É um desejo intenso e incontrolável. É paixão na acepção da palavra e concomitantemente amor eterno, pois mesmo quando nos maltrata com persistência, continuamos te amando com mais fulgor. Você, BOTAFOGO, nos faz um ser diferente.

Sem dúvida alguma, temos três datas para comemorarmos eternamente: o dia do nascimento do Botafogo, o dia da fusão que nos tornou Botafogo de Futebol e Regatas e o dia da Ressurreição Alvinegra: 21 de junho de 1989. Um momento singular na história do Glorioso Botafogo!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Mudança de esquema = 1ª vitória

Olá aliviados alvinegros,

Que final de semana gostoso para a família alvinegra! Nem sei o que comemorei com mais intensidade: o jejum de vitória do Bota quebrado no sábado frente ao Peixe, ou se a humilhante surra que a molambada levou do Coxa, ex-lanterna da competição. Sinceramente, vibrei mais ontem. Ver os molambos na lona por 5 vezes, na Globo e em horário nobre não tem preço.

Ufa! Finalmente a 1ª vitória e uma luz no fim do túnel. Além disso, parece chegar ao fim a teimosia de Ney com o famigerado 3-5-2. Como torci para que tudo desse certo na estréia do novo esquema de jogo, mesmo com algumas figuras em campo incompatíveis com a sagrada camisa que já foi de Nilton Santos, Didi e Garrincha.

Um placar na conta do chá e justo, sobretudo pela covardia do Santos e pela postura ofensiva do Bota, ainda que nossos atacantes continuem cegos e nosso meio ainda careça daquele que seja ‘o cara’ na criatividade. Ah, nossa defesa não foi testada, sinal de que o ataque santista não existiu ou de que o esquema finalmente a protegeu?!? Na verdade, os dois fatores ajudaram, mas o esquema de povoamento do meio fez com que o Bota pela primeira vez ganhasse a batalha na zona de criação e o resultado foi visto o jogo inteiro: adversário sem poder de criação e chances para todos do meio e ataque concluírem. Até mesmo Fahel tentou, e perdeu obviamente, mas esteve lá, na cara do gol.

Agora é rezar para que Ney mantenha o 4-4-2, independente de quem ainda vai chegar e até mesmo se houver o milagre do retorno do Reinaldo até o fim do 1º turno. Com Michael e Reinaldo e as saídas de Emerson e Fahel, nos nivelamos às equipes medianas do certame, e olha que mesmo a um ponto da zona crítica, estamos também a apenas 3 pontos do 5º colocado, e a 4 da Libertadores.

Vamos lá Fogão, faz tua torcida voltar a sorrir!

O JOGO

Começamos imprensando o Santos e rezava por um golzinho do alívio logo no início para amenizar a tensão. Mas faltava o que não temos: poder de decisão. E isso falta ao meio e ao ataque. E por que com Maicosuel era diferente? Porque Maico era homem de criação e finalizador num só jogador. E desempenhava com êxito as duas funções. E hoje não há em todo elenco um só jogador que sobressaia em apenas uma dessas funções. Perdemos um jogador raro e sem igual, no momento, no futebol brasileiro.

Lamentações a parte, os atletas tentavam mostrar disciplina tática e raça, ora, isso é obrigação. Mas no sábado houve maior sinergia e essa entrega e obstinação pelo gol foram coroadas no fim.

Tony mostrou que é esforçado, e só. Perdeu dois gols feitos, daqueles que até o vovô “Maravilha” faria de olhos fechados. Simões, como sempre, arriscou seus canhões de fora da área, até passou perto, mas a pontaria continua descalibrada. Lúcio Flávio achou seu espaço em campo, pena que ninguém o veja por lá. Continua sumidão e desligado, de vez em quando aparece e abre o jogo, mas é muito pouco para comandar nossa meiuca. Eduardo se apresentava e não rendia mais como antes. Então coube a Batista arriscar. Ele chutou cruzado e quase deu samba, mas Tony chegou atrasado. O Fogão mandou no tempo inicial, mas o placar não foi alterado.

Ney gostou do time e não mexeu, buscando, talvez, melhor adaptação ao 4-4-2. Era notório que Alessandro desafinava e Fahel só fazia número. Por volta dos 20’ Ney pôs o garoto Laio na vaga do inoperante Tony. Depois o milagre: Sai FAHEL e entra Renato. Não pelo substituto, que nada acrescentou, mas pela saída de Fahel já começo a sonhar com uma reação em cadeia do grupo. A verdade é que não melhorou muito, mas o time forçou mais o jogo no campo adversário. E a grande modificação foi a entrada de Thiaguinho na vaga de Léo Silva. Ele foi boa opção pela esquerda, junto com Batista que, nesse momento, já era onipresente em campo. Então, aos 38',Thiaguinho vai ao fundo e rola para Batista concluir de forma seca, no cantinho direito de Fabio Costa, que só olhou. Aleluia, é gol do Fogão! 1x0 para emocionar os 6.500 aventureiros que prestigiaram o Fogão no sábado.

A coisa definiu mesmo aos 41’, após chutão de Eduardo, cabeçada para trás de Fabão, só que Laio, como um raio, surge diante do arqueiro santista. Ele dá o drible da vaca e se vê livre, ele, a bola e mais de 7 metros para guardar a redonda. Ele até pensou no que fazer, no que passou em Marechal Hermes, e graças a Deus não hesitou, pimba na gorduchinha e rede estufada. Delírio em preto e branco no mais bonito do Brasil: 2x0 Fogão.

Caixão fechado, torcida feliz e ainda ciente das limitações alvinegras. Tranquilidade, sem comodismo, para Ney firmar o 4-4-2. Sábado é no Barradão contra o Vitória, que vem em 4º lugar com 10 pontos. Juninho volta, Michael poderá estrear. Reinaldo ainda não. Mas teremos mais opções. É hora de se afirmar Fogão!

Ah, já ia me esquecendo dos novos ‘reforços’: Lopes, Diego, Lucas Silva e Thiago Marin, deixaram o Fogão. Jean Carioca deve acertar com o Figueirense nos próximos dias. Só faltam Jean Coral, Renato, Fahel, Emerson, Alessandro e Léo Silva.

Arbitro: Evandro Rogério Roman nem foi notado em campo, aplicou só 3 amarelos, com justiça. Então fez ótima arbitragem;

Nei Franco: implantou o 4-4-2. Sacou Fahel, então está de parabéns. Fez o óbvio, mas admitiu e reconheceu que o esquema de jogo para esse limitado time é esse. Agora ninguém entendeu nada: quando finalmente tem o experiente Lúcio Flávio, ele nem no banco põe o garoto Rodrigo Dantas. E Gabriel também nem banco é mais, enquanto Alessandro e Fahel são titulares. Acorda Ney Franco!

Destaques: Batista e Guerreiro;
Jogou bem: Laio, Eduardo e Simões (mais pelo empenho);
Garra: Guerreiro;
Comprometeu: ...;
Irritou: Alessandro e Fahel;
Desafinou: L. Flávio, Tony e Alessandro;
Ninguém viu: Lúcio Flávio;

EU ESCALO
Juninho volta de suspensão e Michael tá liberado para o jogão de sábado, às 16h10, no Barradão, contra o Vitória. Eu Escalo: Renan, Thiaguinho, Juninho, Wellington e Eduardo; Guerreiro, Batista, Lúcio Flávio e Michael; Victor Simões e Laio;

“Tu és o Glorioso, não podes perder, perder pra ninguém...”

Força Sempre Fogão!
Saudações Alvinegras

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Firme no G4 maldito

Olá alvinegros de coração,

Há apenas duas rodadas, estávamos a 4 pontos da Libertadores e a 7 do líder. Hoje estamos a 9 pontos do líder e a 6 da Libertadores. E o pior, estamos no limbo e mesmo com uma vitória ainda poderemos permanecer no G4 maldito.

Pelo amor de Deus, não agüento mais o Fahel. Ney saca todo mundo, menos ele, o insuportável Fahel. Será que só ele não vê que o cara não marca, não acerta um passe e é um zero à esquerda, sem ofensas ao numeral, mas Fahel é hoje o câncer do Bota, e um retrato do técnico alvinegro.

Tudo bem que não temos no elenco um meia criativo e rápido; tá certo que a defesa é fraca e não temos laterais; tá certo que nosso ataque não chuta e falta homem de definição. Tá certo que não temos elenco. Ora, não tem nada certo, tá tudo errado, pois não temos time! E o pior é que não temos também treinador, embora eu não o culpe por tudo de errado no clube, ainda que ele tenha indicado boa parte das contratações equivocadas no início do ano. Contratamos um time inteiro, e só Maicosuel vingou. É pouco, muito pouco para um time grande e bem estruturado, como apregoa nossa diretoria.

Alguém conhece o tal do Díaz, do Boca Juniors? Sério, alguém já viu esse cara desequilibrar algum jogo? E por que ele é reserva do limitado time argentino, que já foi eliminado, em casa, da Libertadores?!? É pra isso que servirá nosso Fundo de Investimento? Se assim for, série B em 2010, ano da Copa.

Meu maior desespero ontem nem foi quando Ney optou pela permanência de Fahel, mas sim quando ele colocou um atacante após sofrer o gol, aos 45 do tempo final. Isso denota a falta de comando e de rumo do nosso técnico. Ah, se é que isso é mesmo bom, o time jogou toda a partida no 3-5-2, mas perdeu da mesma forma, pois não sabe jogar nesse esquema.

O JOGO


O Fogão teve mais posse de bola, dominou a maior parte do tempo inicial e pouco, muito pouco concluiu a gol. Um bom chute de Lúcio Flávio e outro de Eduardo foram os lances de maior perigo. Do lado deles, um bom passe de Thiago Neves deixou Carlos Eduardo na cara de Renan, que saiu bem e abafou. O Bota pecava e muito no último passe, e por isso quase não finalizava. O lado forte era o esquerdo, com Thiaguinho, Eduardo e Lúcio Flávio. Já na direita tinha Alessandro, então esquece jogada de apoio. Nosso meio de campo tinha lampejos de Lúcio Flávio, que de vez em quando acertava algum passe. É muito pouco, mas nem isso os outros faziam. Thiaguinho se apresentava bastante, e na mesma proporção errava, Victor Simões esperava a bola perfeita, deve ter ficado por lá até agora.

No 2º tempo Tony perdeu nossa melhor chance após receber de Eduardo, cara a cara com Berna, mas ele mandou rente à trave. Eduardo era o principal nome do Bota. Era Ala e apoiador, fazendo também o papel de zagueiro. Êpa, então tem caroço no angu, Eduardo fazendo bem todas essas funções?!? Não, pois observem que no gol do Fred, quem é que ficou parado dando condições ao atacante do FlorminC?!? Ele, Eduardo, mas ainda assim foi nosso melhor homem em campo, que tristeza.

Vi momentos em que até parecíamos um time, como na tabela de Fahel com Léo Silva. Nosso pior jogador mandou de peito e quase deu samba. E se desse, era a imunidade de Fahel pelo campeonato inteiro. Por incrível que pareça, vi um Bota mais organizado, que anulou por quase o jogo inteiro o meio de campo deles, que até marcou bem por boa parte do jogo, e cheguei a algumas conclusões:

. Não sei se teremos nova arrancada, como em 2008, se trocarmos de técnico agora. Qualquer equipe que perdesse seu principal jogador sem reposição, ficaria perdida por alguns jogos, até readquirir ritmo e estilo de jogo próprio. Acho que ainda poderemos voltar a jogar num nível competitivo, e que as vitórias voltarão, desde que tenhamos um meia rápido e criativo, e um atacante que faça o básico: gol.

. Se quisermos mesmo sair dessa talvez o primeiro passo seja sacar Fahel do time. Léo Silva não é a melhor opção, mas aparece mais no jogo, mesmo errando muito, como Thiaguinho.

. Thiaguinho erra muito passe, mas não se omite, eu o colocaria na lateral direita, no lugar de Alessandro e arriscaria com Eduardo na esquerda, pois ele aprendeu a cruzar. Na defesa contrataria um zagueiro razoável para formar dupla com Wellington. Na cabeça de área, adiantaria Juninho para jogar com Guerreiro. Poderia pôr agora o Léo Silva ou Batista para compor o meio com Lúcio Flávio. Mas precisamos urgentemente de alguém que seja o cara da zona criativa. E na frente, ainda, arrisco Simões com Reinaldo, ou alguém que tenha currículo de ‘matador’, mas tá difícil...

Vejam que o esquema acima é o 4-4-2, com o meio bem povoado e protegido por 3 volantes, sendo que um deles, o Batista, poderia encostar no Lúcio Flávio. Ainda será pouco, mas é aos poucos que sairemos dessa. O mais importante é a diretoria contratar alguém que venha para resolver: um zagueiro razoável, um meia rápido e criativo, alguém pronto e um atacante que esteja em forma e que seja goleador. É difícil, mas a hora de utilizar a grana do Fundo é agora, pois na série B a receita será bem menor e não seremos tão parcimoniosos como agora.

Arbitro: Rodrigo Nunes de Sá nem foi notado em campo, então fez ótima arbitragem;

Nei Franco: insiste com Fahel e Alessandro, ressuscita Emerson, faz substituição aos 45’ do 2 º tempo após sofrer gol, achando que um atacante resolve em apenas 3 minutos; Tá perdidinho e a torcida já quer a sua cabeça. Parece que ainda agüenta mais um jogo, e se não vencer é forca;

Destaques: Eduardo;
Jogou bem: Renan;
Garra: Guerreiro;
Comprometeu: complexo demais esse item;
Irritou: Alessandro, Fahel e Emerson;
Desafinou: Simões, L. Flávio, Tony e Alessandro;
Ninguém viu: Simões e Lúcio Flávio;

EU ESCALO

Nem adianta ir para o Engenhão para vaiar o time sábado, às 18h30, contra o Santos, que vem bem na competição e será páreo duro. Vamos apoiar durante o jogo, e se for o caso, reclamar no final, mas sem violência. Juninho não joga suspenso pelo 3º amarelo. Eu Escalo: Renan, Thiaguinho, Emerson, Wellington e Eduardo; Guerreiro, Léo Silva, Batista e Lúcio Flávio; Victor Simões e Reinaldo (Se esse bichado não voltar, qualquer um);

“Tu és o Glorioso, não podes perder, perder pra ninguém...”

Força Sempre Fogão!

Saudações Alvinegras

terça-feira, 2 de junho de 2009

Aeronáutica ainda procura pelo futebol alvinegro

Olá amigos alvinegros,

12 pontos disputados e apenas 25% de aproveitamento. Série B com folga. Em casa somamos 2 míseros pontos contra Corinthians e Sport, este último sem técnico e em crise. Desde janeiro ainda não temos esquema tático e um time definido. Nossa defesa continua um queijo suíço, meio de campo invisível e ataque de nervos.

Pela primeira vez em minha vida fiquei revoltado com um gol alvinegro. Sim, o gol do Fahel, mesmo sendo o do empate, e no fim do jogo, me causou revolta. Ele consegue ser o pior jogador do Botafogo, num time que tem Túlio Souza, Alessandro, Emerson, Jeans, Diego, irmãos Silva etc. Todos proferiram palavras de baixo calão contra nossos ‘craques’ no sábado, mas com certeza Fahel era o pior deles. O cara ‘matava’ todos os nossos raros bons ataques e permitia a cratera no meio de campo, órfão de cabeça-de-área. Por isso me causou tamanha revolta seu gol, pois agora teremos de aturá-lo por muito mais tempo, haja vista a simpatia do teimoso NEY FRACO.

Estamos nos consolidando no G4 maldito. E o que é pior, já já nos acostumaremos a ver o Fogão na ponta de baixo da tabela, e comemoraremos como título uma ou duas vitórias magras contra o Barueri ou Avaí. É pensar pequeno demais. Assim, logo estaremos reabrindo o Caio Martins para jogarmos com os pequenos da segundona, pois é assim que estamos raciocinando, ops, raciocínio não há, pois é, time que aceita parceiro contratar cabeças-de-bagre para jogar no time titular do Fogão tem que pagar o pato. Ao menos se o pato fosse aquele que joga no Milan...

Sério alvinegros genuínos, loucos pelo Fogão, como eu, o que podemos fazer de imediato? Quem souber me ajude, pois tenho algumas sugestões, não sei se as melhores, mas essa letargia nos levará de volta ao limbo, e isso me apavora, pois com esse time nem lá conseguiremos vitórias:

SUGESTÕES

· Demitir Ney FRACO já! O cara não conseguiu armar um time em seis meses; Insistiu num 3-5-2 sem conseguir proteger a defesa; Anula nosso melhor jogador e único cabeça-de-área nato, Leandro Guerreiro evitaria a exposição da fraca defesa, mas Ney não enxerga isso, aliás, o que ele enxerga?!?; o cara indicou 90% dessa podridão toda aí, só Maicosuel se salvou, mas também já se foi. Então o time real do Ney Franco é esse, forte candidato à segundona;

· Se Ney não sair, a diretoria poderia intervir, e colocar no contrato a proibição do 3-5-2 e permitir apenas o 4-4-2 e o 4-3-3. Afastar imediatamente Fahel, Lucas Silva, Túlio Souza, Alessandro, Jeans, Diego e Renato. Por baixo aí são R$ 300 mil de salários que poderíamos pagar a algum jogador de verdade no meio ou no ataque;

· Se nada disso for feito, que a torcida leve faixas exigindo a saída do treinador ou o fim do esquema 3-5-2, Guerreiro de volante e as saídas de Fahel, Lucas Silva, Túlio Souza, Alessandro, Jeans, Diego e Renato.

LAMENTAÇÕES

· Droga, por que ninguém dessa merda de base alvinegra consegue vingar nos profissionais?!? Gabriel já deve ter retornado pra lá, pois nem no banco ficou no sábado. E dizer que o Laio foi bem é querer enganar o torcedor. O cara não chutou a gol, não deixou ninguém na cara do gol, não cruzou uma bola, não cabeceou pro gol e jogou 90 minutos. Ora, ele só correu, isso o acéfalo do Diego também faz.

· Por que esse framenguista do Reinaldo não fica bom logo?!? Talvez ele seja nosso maior salário, especulam-se em torno dos R$ 90 mil reais. Na boa galera, o que foi que ele fez até agora?!? No seu melhor momento arrumou essa contusão estranha logo contra quem?!?! Pois é, até agora nosso departamento médico não curou o cara. Tem caroço nesse angu, ah tem. Na Copa de 94 o Baresi operou o joelho no início da Copa e ainda jogou e bem a final contra o Brasil. O Reinaldo ninguém sabe o que ele tem nessa merda de tornozelo (será que temos Dpto médico?!?), mas já são quase dois meses de chinelo, e a torcida aturando Simões e Cia;

· Por que contratamos raras promessas sem garantia de que ao menos ele jogará por um ano no Fogão?!? Se o Alessandro está lá há 3 anos, o Juninho e Lúcio Flávio idem, porque não garantir quem pode dar samba? Será que o Rodrigo Dantas também tem garantias? Tá certo que ele não jogou nada ainda, mas se ocorrer esse milagre? Temos garantias de que qualquer merreca em euros levará também nosso 'craque'?!?!

FUTEBOL INCONSISTENTE

Há quanto tempo não jogamos um bom futebol? Talvez desde aquele primeiro empate das finais, quando parcialmente mandamos no jogo, até as contusões do Mago e de Reinaldo. No último sábado em que momento de fato mandamos no jogo? Como pode o time treinar a semana inteira, desde o início do brasileirão e jogar com tanta lentidão e desorganização como esse time do Ney!?! Pelo amor de Deus, de novo, só levávamos perigo nos avanços do Eduardo e seus cruzamentos de efeito que sempre pegava a zaga desatenta, mas aí faltava atacante né. Ah, nas faltas cobradas pelo Juninho também, mas as do Lúcio Flávio...; Por falar nisso, alguém viu a estréia do Lúcio Flávio? Eu também estou esperando, por enquanto só vi o “Passageiro da Agonia”, e esses passageiros somos nós.

Alguém se lembra do Fahel no primeiro gol do Sport? Pois é, no meio daquele João Buracão deveria estar nosso melhor jogador: Leandro Guerreiro. Sem volantes somos presas fáceis, sobretudo com uma defesa lenta, em que Teco parece que não jogava há 10 anos. Ah, e Juninho no chão no 2º gol deles? Retrato do time do Ney e por que não dizer, dessa diretoria que pode entrar para a história do Fogão. Sim, pois seria o primeiro time rebaixado com salários em dia o ano inteiro. Aliás, eu mesmo nunca vi nos meus 41 anos de vida o Bota ficar um ano pagando em dia.

EU ESCALO


É vencer os frutinhas no domingo, no Maraca, ou a crise tomará conta de vez e o inferno comprará seu espaço em General Severiano. Então Eu Escalo: Renan, Thiaguinho, Juninho, Wellington e Eduardo; Guerreiro, Léo Silva, Batista e Lúcio Flávio; Victor Simões e Reinaldo (Tony ou qualquer um);

“Tu és o Glorioso, não podes perder, perder pra ninguém...”

Força Sempre Fogão!

Saudações Alvinegras