domingo, 5 de dezembro de 2010

2010 – TÍTULO, BOM BRASILEIRO E SEMENTE PLANTADA



Olá Nobres Alvinegros,

As fotos acima ilustram nossa maior alegria em 2010: a fênix alvinegra. A cobrança magistral de El Loco e o gingante Jefferson destronando o Imperador.

Gostaria de iniciar essa crônica com a vaga à Libertadores, mas encerramos a temporada com derrota de 3x0 para o Grêmio, no Olímpico. Sucumbimos diante de um adversário superior e ainda facilitamos com uma escalação defensiva, quando só a vitória interessava. A surpresa de Joel dessa vez foi um tiro no pé, haja vista que entupir uma equipe de zagueiros e cabeças de área não significa marcação eficiente. Abdicamos de jogar. E pior: proporcionamos todos os espaços para que o adversário jogasse como queria. Evidentemente não era essa a despedida que sonhamos em 2010, mas no geral foi um bom ano.

Iniciamos o ano apostando nos gringos Herrera e El Loco. Além de Edno, A. Carlos, Fábio Ferreira, Danny Morais, M. Cordeiro, Somália, e dois jovens da base: Caio e Jorge Luiz. Ainda tínhamos a base da discórdia do ano anterior: L. Flávio, Fahel, Eduardo, Wellington, Túlio Souza e Alessandro. Ah, o técnico era Estevão Soares, que fez de tudo para rebaixar o Fogão em 2009.

Vínhamos de três títulos cedidos ao maior rival e nosso moral estava na lama. Tinha torcedor que sentia calafrios só de imaginar outra final contra os rubro-negros. Éramos 100% dúvida. Mas para o Fogão tudo pode piorar. Fui ao 3º jogo do Bota no estadual, contra o Friburguense, e constatei que não tínhamos a menor condição de chegar à final e sequer vencer um clássico. No jogo seguinte a humilhação: 6x0 para o Vasco em pleno Engenhão.

A casa alvinegra desmorona e o técnico é a primeira vítima. Joel assumiu um time sem alma, sem esperança e de luto. Nossa torcida parecia ter desistido de vez. Parte dela clamava pela eliminação do time para as fases finais, temendo outros vexames, sobretudo para o Fla. E batemos a urubuzada numa quarta-feira de cinzas. E atropelamos o bacalhau na final da taça GB. Estávamos na final pela quinta vez consecutiva. Ainda desconfiado, o torcedor viu o Fogão revirar o placar contra o Flor e chegar à final da taça Rio, o que valeria também o caneco do estadual. Reunimos forças do além, pois teríamos outra vez o urubu em nosso caminho. Mas dessa vez foi diferente, a começar pela força da nossa torcida, que deu um basta e compareceu em peso ao Maraca. Isso contagiou o time e dentro de campo foi uma demonstração de raça e dignidade. Nos superamos e finalmente demos fim ao Império do mal, e nossa torcida teve o momento mais feliz dos últimos 15 anos.

No brasileiro era óbvio que tínhamos de reforçar. Nossa diretoria esforçou-se e trouxe dois dos jogadores mais comentados pela torcida: Jobson e MAGO. Ainda veio Marcelo Mattos, que chegou sorrateiro e logo demonstrou ser um gigante no meio de campo. Com esses reforços, em 10 jogos, vencemos 8, empatamos um e perdemos apenas uma vez. Era campanha para título. O Bota empolgava e passou a virar notícia. Aí veio o imponderável: perdemos Mago. Depois Marcelo Mattos. Em seguida F. Ferreira e por último Herrera. Isso enalteceu nossa carência de elenco, sobretudo de peças na zona de criação, haja vista que L. Flávio jamais foi sombra de Mago e não municiava o ataque. A defesa, sem F. Ferreira e Mattos, ficou desguarnecida e perdemos a consistência na reta final.

Ainda assim, chegamos a ficar a apenas 4 pontos do líder faltando 6 jogos para o fim. Chegamos a sonhar com o título, acreditávamos piamente na 4ª vaga para a Libertadores. Mas não veio. Nem por isso podemos dizer que não valeu. Revejam, há quanto tempo não brigávamos por uma vaga de Libertadores? Respondo, há 15 anos. E a última vez que havíamos sido cogitados para o título brasileiro também fora há 15 anos. Era possível mais? Sim, mas teríamos de ter um super elenco para driblar a má sorte ao longo do ano.

Entre promessas e realidade, devemos manter os seguintes jogadores para 2010: Jefferson, a zaga (menos o Danny Morais), Alessandro e Cordeiro, Somália, Guerreiro e M. Mattos, El Loco, Caio e Herrera. Além da meninada que surgiu em cima da hora, como Alex e Lucas Zen e mais oportunidades para novos talentos.

LISTA DE DISPENSA

Fahel, L. Flávio, Danny Morais, Jobson, Edno, cajá e Túlio Souza. E outros cabeças de bagre cuja alcunha não me veio à cabeça agora.

CONTRATAÇÕES

Dois laterais de nível, dois meias criativos (de nível), e mais um atacante rápido.

Hoje temos uma base, bem diferente do início desse ano. É reforçar na posição certa, com o atleta certo e teremos um 2011 mágico inteiro.

A você amigo de fé, irmão camarada, seguidor da estrela guia BOTAFOGO, agradeço pelos 11 meses intensos que passamos juntos. Pela imensa alegria compartilhada na conquista do cariocão 2010, um momento eternizado nas paredes da nossa memória. Pela boa campanha alvinegra neste brasileiro, pelas vibrações intensas proporcionadas pelo nosso amado Botafogo.

Pedimos a Deus nossos presentes natalinos, além de saúde e paz, dois craques para ganharmos o Brasil em 2011.

 “BOTAFOGO: SUA TORCIDA É UMA FORTALEZA E JAMAIS SE RENDERÁ”

“Tu és o Glorioso, não podes perder, perder pra ninguém...”

Força Sempre Fogão!

Saudações Alvinegras

Nenhum comentário:

Postar um comentário